ATLETA DESMENTE MANUEL BOA DE JESUS
O lançador do peso português, Marco Fortes, voltou a afirmar que foi expulso da aldeia olímpica das Olimpíadas de Pequim, pelo chefe da comitiva portuguesa Manuel Boa Jesus, no dia a seguir às declarações que fez em relação à sua prova.
Em conferência de imprensa, no Estádio de Alvalade, o lançador do Sporting apresentou cópias do plano de viagem e do bilhete de avião, que apenas previa o seu regresso a 27 de Agosto, acabando por ser antecipado pelo Comité Olímpico Português (COP).
“No dia seguinte à minha prova, fui chamado pelo chefe da delegação,
que me disse que, para manter o bom ambiente e estabilidade da restante
equipa que ainda iria competir, eu teria que regressar de imediato a
Lisboa”, aclarou.
Marco Fortes divulgou que Boa de Jesus lhe disse que tinha sido uma
decisão do COP, apesar do chefe da delegação ter afirmado que não tinha
sido uma exclusão, mas antes um não atendimento ao pedido do atleta
para permanecer na aldeia olímpica.
“Para terminar de vez com esta questão, solicitei esta conferência de
imprensa para esclarecer tudo. Um mês antes dos Jogos, pedi para ficar
em Pequim até ao final e logo nessa altura ficou resolvido que eu
regressaria apenas no dia 27, com o resto da comitiva”, expôs.
Moniz Pereira, vice-presidente do Sporting e responsável pelo atletismo
do clube, que esteve a acompanhar o atleta olímpico na conferência de
imprensa, foi convidado a pronunciar-se, mas apenas mostrou estranheza
na decisão que foi tomada.
“Não tendo estado em Pequim, não gostaria de fazer mais comentários. Só
direi que houve outro atleta que teria merecido regressar mais cedo,
mas não vou dizer o seu nome”, referiu o vice-presidente do Sporting.
Este caso veio na sequência das afirmações de Marco Fortes, após ter
sido eliminado na qualificação do lançamento de peso, obtendo uma marca
inferior em, aproximadamente, dois metros do que o recorde nacional,
que detém.
O atleta justificou a frase que proferiu – “de manhã, só é bom é na
caminha” – afirmando que os atletas têm “pouca visibilidade ao longo de
quatro anos” e que os jornalistas “não conhecem a nossa maneira de ser
e de nos exprimirmos”.
Marco Fortes defendeu ainda que as suas palavras foram “apenas um
desabafo, tentando desdramatizar a situação que vivia naquele momento”,
realçando ter sofrido um “castigo extremamente injusto”, porque não
insultou nem feriu alguém.
In www.record.pt
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