Oito dias antes tinha tido lugar a final da Taça de Portugal, no Jamor, entre o Sporting e o F.C.Porto. Foi feita de cenas eventualmente chocantes no relvado e nas bancadas. O empate (1-1) resistiu ao prolongamento e a decisão ficou adiada para a semana seguinte Gomes marcou para o Porto, Meneses empatou, de grande penalidade (legítima), muito protestada pelos portistas, os ânimos azedaram e o resto foram agressões, expulsões, picardias, acusações, um rosário de tristezas e mútuas acusações.
Na jornada de repetição da final da Taça, ou melhor, na finalíssima, o
troféu caiu nas garras verdes. Desta vez não houve batalha campal nem
brigas na bancada. Os golos foram marcados por Vítor Gomes e Manuel
Fernandes e Seninho, este prestes a encetar nova vida no Cosmos. O
treinador, Rodrigues Dias, sempre honesto e humilde disse apenas: «O
corolário de um trabalho de seis meses.»
Os intérpretes dessa dramática finalíssima:
Pelo Sporting: Botelho; Artur, Laranjeira, Meneses e Inácio; Ademar, Vítor Gomes, Ailton e Keita;Manuel Fernandes e Manoel.
Pelo Porto: Fonseca; Gabriel, Teixeira I, Simões e Taí; Brandão, Teixeira II, Duda e Octávio; Seninho e Gomes.
In "A Bola"
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