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Números são bons mas não ganham jogos PDF Versão para impressão Enviar por E-mail
Segunda, 13 Setembro 2010 12:20

votacao_sporting_00_09.jpgEstá bom, mas não chega. O impacto do modelo de jogo de Paulo Sérgio no rendimento do Sporting torna-se óbvio na mais superficial das análises aos dados estatísticos dos jogos da Liga Zon Sagres, mas a verdade é que a capacidade de controlar e gerir a bola e o volume ofensivo gerado pelos leões ainda não é suficiente para garantir os golos indispensáveis às vitórias.

No final da partida com o Olhanense, que terminou com um empate a zero, Paulo Sérgio referiu o "enorme caudal" ofensivo produzido pela formação que comanda, mas queixou-se da falta de eficácia no capítulo da finalização.

Ora, os dados recolhidos durante o encontro corroboram, totalmente, as afirmações do treinador. Os 66% de posse de bola demonstram o domínio territorial dos verdes e brancos, que tocaram na bola 654 vezes, quase o dobro das ocasiões de contacto para os algarvios (342) e visaram a baliza contrária por 25 vezes. Contudo, o melhor que conseguiram fazer, de entre as seis ocasiões claras de golo, foi acertar na trave da baliza à guarda de Moretto - em 2010/11, até ao momento, os ferros travaram remates leoninos em todos os jogos do campeonato.

A falta de golo é, neste momento, o grande problema do Sporting, pois, estendendo a análise ao acumulado estatístico, todas as outras categorias estatísticas são claramente favoráveis a uma avaliação positiva do trabalho desenvolvido por Paulo Sérgio: os seus pupilos ocupam os primeiros lugares do ranking dos mais significativos indicadores de produção ofensiva. O Sporting é, na Liga Zon Sagres, a equipa que mais remata - 26,3 tentativas -, a que mais frequentemente acerta na baliza contrária - 33,3% das vezes -, a que mais passes produz - 604,7 por jogo -, a que melhor os dirige - 72,6% são certeiros - e ocupa o segundo posto em número de cruzamentos efectuados - 41.

Os números não mentem, espelham a vocação atacante da equipa montada por Paulo Sérgio, mas, no futebol, as estatísticas nem sempre reflectem a maior frieza dos resultados. Neste caso, o sucesso está dependente da pontaria, sobretudo da do lote limitado de avançados de que o plantel leonino dispõe: só Liedson é goleador comprovado e, mesmo assim, atravessa um período de menor sucesso no remate.

O técnico, porém, mantém confiança na sua forma de trabalhar, designando como certo o caminho que tem sido trilhado neste início de temporada. "Jogando desta forma, e melhorando, estaremos mais próximos de vitórias", profetizou, no sábado, após o encontro. Olhando para a estatística, Paulo Sérgio pode mesmo ter razão, desde que os leões melhorem a pontaria. É que até os dados referentes ao empenho e intensidade competitiva são elogiosos para a sua equipa, que é primeira nas recuperações de bola, quarta em faltas cometidas e primeira em faltas sofridas.

RANKING DA LIGA


MÉDIA  Sporting / JOGO C/ OLHANENSE

POSSE DE BOLA
62,5% / 66%

CRUZAMENTOS
41 / 15 (2º)

FALTAS COMETIDAS
23,3 / 21 ( 4º)

FALTAS SOFRIDAS
24,7 / 20 (1º)

PASSES
604,7 / 530 (1º)

PASSES CERTOS
439,3 / 426 (1º)
[72,6%] [80%]

PERDAS DE BOLA
189 / 169 ( 1º)

RECUPERAÇÕES
127,7 / 117 (1º)

REMATES
26,3 / 25 ( 1º)

REMATES À BALIZA
10 / 10 (1º)
[33,3%] [40%]

REMATES FORA
16,3 / 14 (2º)

GOLOS
4 [1,3 por jogo] / 0 (5º)

 

Marcar o primeiro é a tarefa mais difícil

Paulo Sérgio reconhece as carências na finalização, garantindo, contudo, que, mais tarde ou mais cedo, os golos vão acabar por aparecer. Certo é que, nos últimos três triunfos averbados, até surgiram com ênfase: sete golos no total dos três encontros. E, se o golo que valeu a vitória sobre o Marítimo surgiu nos derradeiros instantes, os outros, três ao Brondby e outros três à Naval, demonstram que, depois de marcar o primeiro, as coisas ficam mais fáceis para os leões.

As tácticas

Losango
Hora de arte chilena

Paulo Sérgio escalou para a recepção ao Olhanense o onze que vencera na Figueira da Foz a Naval, marcando três golos. O virtuosismo de Matías ainda se repetiu, com alguns passes de ruptura, mas a eficiência de Valdés na transição e a pautar o jogo não teve a mesma influência que na jornada anterior - nem a velocidade de Djaló, nem a eficácia de Liedson. Aos 64', trocou Matías por Vuk e Djaló por Saleiro, desmontando o losango.

4x4x2
Aposta nas diagonais

Saleiro, naturalmente, foi colocar-se ao lado de Liedson e participou logo duas situações de golo iminente que sacudiram a equipa, mas não foram concretizadas. Abandonado o losango, Paulo Sérgio colocou o esquerdino Vukcevic na direita e o destro Valdés na esquerda: o objectivo de alargar a equipa não passava por ganhar os flancos (não há "pinheiro"...), mas explorar as diagonais do chileno e do montenegrino.

3x2x3x2
Tudo lançado no ataque

A sete minutos dos 90', o tudo por tudo e a aposta declarada no ataque. O Olhanense segurava o empate que os leões queriam desfazer e só tinham um homem no ataque (como em todo o jogo). Paulo Sérgio abdica de um central (Nuno Coelho) e lança Postiga para compor o trio de apoio à dupla atacante - Maniche reforçava para quarteto, André Santos compensava as subidas de João Pereira ou Evaldo. Sem resultados práticos...

 

In ojogo.pt


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