Liedson. Este é o nome que vai ficar na memória de todos os sportinguistas e que, no último jogo em Portugal, salvou o Sporting de uma humilhante derrota frente à Naval, última classificada da Liga.
Este foi o único leão que apareceu num ambiente gelado, provocado por mais uma exibição medíocre da equipa de Paulo Sérgio.
Sofrer três golos do pior ataque do campeonato explica-se, mais uma vez, pela ausência de talento, é verdade, mas sobretudo pela falta de capacidade do Sporting de lutar em campo. Carlos Mozer, que nunca perdeu em Alvalade, estudou bem a debilidade dos leões em casa, onde não pressionam, deixando os jogadores adversários à vontade para transportar a bola para o ataque. E, por isso, a equipa apenas tem três triunfos em casa.
Os jogadores da Naval trocaram a bola como quiseram e, bem vistas as coisas, até podem queixar-se de alguma sobranceria no final do jogo, pois, quando ganhavam por 3-2, tentaram adornar os lances (tantas eram as facilidades) em vez de ir para a baliza de Rui Patrício em busca do quarto golo.
Se Liedson já estivesse em São Paulo, a Naval não corria riscos, mas habilitaram-se a que ele aproveitasse uma falha para, no adeus, oferecer um pontinho ao técnico .
O empate 3-3 fez com que o treinador do Sporting ouvisse das boas. Tem agora a vida ainda mais complicada, sem o milagreiro do costume. Apesar das dificuldades e da contestação, Paulo Sérgio não atira a toalha ao chão. "Vou continuar a pegar o touro pelos cornos", disse, ciente do que o espera...
In dn.pt