Futsal :: Em dérbi "feio" venceu o Sporting Versão para impressão
Domingo, 26 Agosto 2012 18:29

120825_futsalA equipa de futsal dos leões derrotou o Benfica e conquistou o Torneio Internacional de Lamego.

 

No primeiro dérbi da temporada, e o de estreia do técnico Nuno Dias, o Sporting derrotou o eterno rival nas grandes penalidades, após um empate a quatro golos, e levantou o troféu do I Torneio Internacional de Lamego, em futsal.

 

À margem do futsal


Particular ou oficial, jogos entre Sporting e Benfica têm por hábito serem encontros em que a temperatura depressa sobe e, por vezes, resvala para o menos bonito do futsal. Este domingo no Pavilhão Multiusos da Régua não foi exceção.

 

Durante os 40 minutos houve tempo para desaguisados entre jogadores, protestos com a arbitragem de parte a parte, cartões amarelos, dois vermelhos (César Paulo e Alex), e ainda a ameaça do Benfica em abandonar a partida.

Ah, ainda foi havendo o mais importante para quem paga bilhete e merece bem mais do que toda a confusão que se viu: o jogo de futsal propriamente dito.

 

Sporting com sinal mais na primeira parte


Apesar de tudo o que foi descaracterizando o jogo de futsal, o Sporting mostrou-se mais equipa na primeira parte. Com mais oportunidades e melhores combinações chegou a uma vantagem de dois golos, que ainda foi sendo evitada várias vezes por Bebé. Deo e Alex marcaram os tentos iniciais.

Sobre o apito para o intervalo chegou o golo dos encarnados. Na transformação de um livre de dez metros, e já após a expulsão de César Paulo por palavras, Joel Queirós fez o 2-1.

 

A perseverança encarnada


Os encarnados conseguiram suster a fase de jogo em que atuaram com menos um e chegaram ao empate pouco depois (25’), novamente por Joel Queirós que aproveitou bem a perda de de bola de um adversário.

Havia mais Benfica nesta fase, mas o Sporting contrapôs a superioridade do adversário com mais um golo por Deo. E pouco depois mais um por Divanei, na transformação de um livre de 10 metros, a castigar a sexta falta dos encarnados.

Nada que fizesse o adversário deitar a toalha ao chão. Nos dois minutos finais, os encarnados aproveitaram a expulsão de Alex para reduzir o placard por Marinho. Ainda houve tempo para Nené empatar a partida.

 

Com 4-4 final, seguiram-se as grandes penalidades, capítulo no qual o Sporting saiu vitorioso.

 

O primeiro dérbi da época entre Sporting e Benfica ficou marcado por vários episódios menos felizes.

 

Apesar de ser um encontro particular, referente ao Torneio Internacional de Lamego, o jogo entre Benfica e Sporting ficou marcado por duas expulsões, agressões e muitos protestos com a dupla de arbitragem.

No final do encontro, em vez do treinador da equipa leonina, surgiu na conferência de imprensa o diretor da secção de futsal do Sporting, Miguel Albuquerque.

O dirigente classificou o que se passou de «totalmente deplorável» e deixou um alerta para todos os intervenientes desta modalidade.

«Gostava de deixar um alerta para os atletas, técnicos e dirigentes: está na hora de pensarmos se é isto que nós queremos da modalidade, está na hora de pensarmos se é isto que queremos para o futuro. Eu não sei o que vai acontecer às pessoas que são profissionais da modalidade daqui a um ano, dois ou três. O futsal em Portugal vai morrer, e vai morrer porque estes atletas querem que ele morrer, e vai morrer porque estas pessoas não têm princípios. No dia em que isso acontecer, eu vou estar cá para ver o que é que eles vão fazer da vida».

Miguel Albuquerque lembra que quem assiste a estes encontros acaba por ficar com uma imagem do futsal que não corresponde à verdade.

«É de facto triste, as pessoas pagarem um bilhete e assistirem aquilo a que assistiram hoje. Mas muito mais grave é como é que explicamos a estes miúdos, que aqui estiveram, que vêem nos jogadores os seus ídolos e que pensam que o futuro deles poderá ser o futsal, que estes não são os princípios, nem é este o caminho».

Por último, o diretor do futsal leonino deixou um alerta à Federação Portuguesa de Futebol, que tutela a modalidade, para agir disciplinarmente sobre os clubes e os jogadores em situações como estas, sejam eles de que clube forem.

«Castiguem quem tem de ser castigado, quer de um lado, quer do outro, mas castiguem. Isto tem de ser feito, senão este sentimento de impunidade não vai acabar».

 

In desporto.sapo.pt


Ítems Relacionados: