O que fez até aqui, na sua ainda curta carreira - tem 22 anos e passou apenas por dois clubes, o Vitesse, na formação e seniores, e o Utrecht, do qual se transferiu para Alvalade -, garantem-lhe já uma profunda admiração e respeito pelas gentes da sua terra, Woudenberg, um sentimento que A BOLA constatou após uma visita à sua cidade natal, que dista cerca de 32 quilómetros de Hoenderloo, localidade onde o Sporting está a realizar o estágio de pré-época.

A verdade é que as palavras para Ricky são todas simpáticas e, mais do que as qualidades dentro das quatro linhas, elogiam, sobretudo, a maneira de ser e estar daquele rapaz simpático e tranquilo, que anda normalmente sorridente.

A vida em Woudenberg corre com uma pacatez impressionante. O dia está cinzento e chuvoso, as pessoas andam em passo apressado ou pedalam com maior vigor para fugir depressa da chuva. Na avenida central, um quiosque com centenas de bonitas flores expostas dá nas vistas, assim como um expositor que mostra as típicas socas holandesas. Depois, é uma loja de artigos desportivos que chama à atenção. Entramos. A empregada, Gea, sorri. Explicamos a nossa missão e ela dispara. «Como é o Ricky? É uma pessoa simples, normal, nunca se tornou vaidoso. É cinco estrelas», diz, confirmando a ideia deixada por uma ou outra pessoa com que fomos trocando algumas ideias. «Os pais dele também são excelentes pessoas. Eles têm ali um estabelecimento. Chama-se Keukengalerie, é uma loja de cozinhas. É a duzentos metros daqui», aponta. O passo seguinte, já se vê, foi naquela direcção...

É o tio de Wolfswinkel, também ele antigo futebolista [ver caixa], quem está numa mesa a atender um cliente, que recebe A BOLA.

Na parede estão já expostas duas camisolas do Sporting e um cachecol. «O Ricky está fascinado. Diz que está tudo muito bem e organizado», prossegue o pai do jogador, que, apesar de agora ter o filho perto, não tem tido muito tempo para estar com ele: «Estão muito ocupados, mas estaremos com ele sempre que for possível».

In abola.pt