Estádio Olímpico de Estocolmo, 2 de julho de 1984. Completam-se hoje 25 anos sobre a data do recorde mundial de 10.000 m que Fernando Mamede conseguiu, com o histórico tempo de 27.13,81, marca que se manteve ao longo de 5 anos, até que o mexicano Arturo Bárrios a bateu.

O recorde europeu, esse, só seria melhorado 15 anos depois, por... António Pinto. Atualmente, o recorde mundial de Kenenisa Bekele está em 26.17,53. "Como me sinto, 25 anos depois? Sinto-me a mais de 300 metros do recorde!", graceja Mamede, fazendo referência à distância correspondente a estes 56 segundos de diferença.

Mas, há 25 anos, o anterior recorde do queniano Henry Rono levou uma forte machadada de quase 9 segundos, numa prova na qual Carlos Lopes foi segundo (27.17,48), também melhor do que a marca anterior. "Claro que fica sempre uma saudade desses tempos e de tudo aquilo que fiz", acrescenta o atleta, agora com 57 anos, que hoje, ao fim da tarde, será homenageado pelo Sporting, em Alvalade. "Sentirei bastante orgulho e penso que sou digno dessa homenagem tanto mais que desde que vesti a camisola do Sporting, vindo de Beja [aos 17 anos], nunca mais a despi".