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Sexta, 29 Março 2024
Miguel Garcia: «A primeira coisa que faço é ver os resultados do Sporting» PDF Versão para impressão Enviar por E-mail
Sexta, 30 Março 2012 12:31
Miguel Garcia, jogador português do Orduspor, concedeu uma entrevista ao Relvado, no qual abordou a possibilidade do Sporting de Braga, o seu último clube em Portugal, ser campeão nacional e do seu clube do coração, o Sporting, conquistar a Liga Europa. Quem não se recorda do seu golo no último minuto das meias-finais da Taça UEFA em 2004/05, um AZ Alkmaar-Sporting?

Esta quinta-feira, os leões entram em campo na primeira mão dos quartos de final da Liga Europa, com o Metalist. [a entrevista realizou-se antes da partida se realizar]

Como não poderia deixar de ser, Miguel Garcia falou da sua vida de emigrante na Turquia, país que o surpreendeu pela positiva.

R – Como analisa e época do Sporting, clube onde foi formado e realizou quatro temporadas como profissional?

MG – Não tem sido fácil, pois é complicado integrar 19 novos jogadores. A equipa tem estado muito instável, mas ainda assim conseguiu chegar à final da Taça de Portugal e tem feito uma bela carreira na Liga Europa. Os adeptos de certeza que ficaram satisfeitos com a eliminação do Manchester City. No campeonato, tem estado aquém das expetativas mas a tendência é que as coisas melhorem com o tempo.

R – O Sporting é o clube do qual é adepto?

MG – Sim, é o clube do meu coração. Aqui na Turquia, quando há jogos do Sporting, a primeira coisa que faço é ir à Internet ver os resultados e os resumos. Espero que ganhem a Liga Europa, seria uma grande conquista.

R – Como viu a troca de Domingos Paciência, seu treinador no Sporting de Braga, por Sá Pinto, seu ex-colega no Sporting?

MG – O Domingos é um excelente treinador, tive muito orgulho em trabalhar com ele. Se fiquei surpreendido por Sá Pinto ter chegado tão cedo a treinador do Sporting? Bom, quando ele foi trabalhar com Pedro Caixinha na União de Leiria, certamente que tinha em mente ser técnico principal. Talvez este desafio do Sporting tenha chegado um pouco mais cedo do que ele esperava. Foi um grande salto e é um grande desafio para ele. E tem estado muito bem, conseguindo bons resultados.

R – Sá Pinto parece mais calmo do que há uns anos…

MG – Ele fervia em pouca água nos tempos de jogador, mas isso devia-se ao facto de nunca gostar de perder. Transformava-se, ficava revoltado quando isso acontecia! Mas agora noto que ele está mais calmo. Como colega, sempre foi um grande amigo meu e um conselheiro. Eu e o Carlos Martins passávamos muito tempo com ele e seguíamos os seus conselhos.

Quer Sporting de Braga campeão

Relvado – O Sporting de Braga, clube que representou em 2009/10 e 2010/11, lidera o campeonato a seis jornadas do fim. Acha que teremos o sexto campeão da história, depois de FC Porto, Sporting, Benfica, Belenenses e Boavista?

Miguel Garcia – Acho que é bem possível que isso aconteça. Se ainda estivéssemos na quinta ou sexta jornada… Mas a verdade é que o campeonato está quase a acabar! Acho que tudo se vai decidir nos dois próximos jogos. Acredito que se tiverem bons resultados frente a Benfica e FC Porto, serão campeões.

R – Hugo Viana e Custódio, seus antigos colegas no Sporting e Sporting de Braga, têm estado em grande destaque…

MG – Têm sido muito importantes na boa carreira da equipa. Fui colega deles durante bastante tempo e sei bem das suas qualidades. Já na época passada tinham sido decisivos na excelente época da equipa na Liga Europa e este ano ainda têm estado melhor.

R – O presidente António Salvador é o grande responsável por este crescimento do Sporting de Braga?

MG – Sem dúvida. Há 10 anos, o Sporting de Braga era um bom clube, mas não lutava pelo título, nem fazia grandes campanhas nas competições europeias. E tudo isto com um orçamento muito inferior ao dos clubes grandes.

R – Mas não será já o Sporting de Braga um grande?

MG – Penso que sim, avaliando o que tem sido o seu rendimento nos últimos três anos. Tem jogadores com qualidade muito aproximada aos do Sporting, Benfica e FC Porto. O orçamento é que é bastante inferior…

Turquia, uma grande surpresa!

R – Como está a correr a sua experiência no Orduspor?

MG – Está a correr bem e tem superado as minhas expetativas. A manutenção era o nosso objetivo, que já foi alcançado. Agora, ainda estamos a tentar ficar nos oito primeiros, de modo a disputar o play-off, mas será muito difícil, pois estamos a 5 pontos do oitavo classificado… Pessoalmente, joguei 28 dos 32 jogos do campeonato, tenho jogado quase sempre.

R – E o campeonato turco, é competitivo?

MG – Confesso que não o acompanhava muito. Mas estou surpreendido: não falta competitividade e há muitos bons jogadores e excelentes equipas, como o Besiktas, Galatasaray e Trabzonspor. Acho que são equipas que podem lutar pela vitória na Liga Europa.

R – E a cidade, como é?

MG – É uma cidade pequena, que não tem aeroporto, por isso as viagens custam muito, pois as deslocações são muito longas. É uma cidade portuária, com bons resultados e um grande calçadão. Mas confesso que não há muito para fazer… (risos) Passo quase todo o tempo com o João Ribeiro [seu colega de equipa].

R – E já “arranha” o Turco?

MG – É complicado, não há palavras iguais ao Português ou ao Inglês. Tenho aulas de Turco uma ou duas vezes por semana, mas é muito difícil falar. Sei apenas algumas palavras.

R – Isso acaba por dificultar a sua adaptação, ou não?
MG – Esta é uma cidade sem turistas e ninguém fala Inglês. É complicado, claro. Ensinaram-me a dizer ‘não falo Turco’ e quando vou às compras junto tudo no carrinho, digo isso, pago e vou-me embora. Nos primeiros tempos, para comprar telemóvel e outras coisas, tive a ajuda de um intérprete.

R – Os adeptos turcos são conhecidos pelo seu fanatismo. Os do Orduspor também são bastante ferverosos?

MG – São fantásticos! Aqui todos os clubes têm adeptos fabulosos e, ao contrário de Portugal, os estádios estão sempre cheios. O ambiente é sempre ótimo.

R – Tem falado com os outros portugueses que jogam na Turquia?

MG – Sim, principalmente com o Manuel Fernandes e o Pelé, para além do João Ribeiro. Istambul fica a uma hora de avião, mais uma hora de autocarro, mas às vezes vou lá ter com eles. Temos de ‘puxar’ uns pelos outros, pois estamos muito longe do nosso país.

R – Pretende continuar no Orduspor na próxima época?
MG – Tenho mais um ano de contrato com o clube e estou muito feliz aqui. O presidente e o treinador também gostam de mim, por isso entre ir para outro clube e não jogar muito, prefiro continuar na Turquia.

Fonte: Relvado

Miguel Garcia, jogador português do Orduspor, concedeu uma entrevista ao Relvado, no qual abordou a possibilidade do Sporting de Braga, o seu último clube em Portugal, ser campeão nacional e do seu clube do coração, o Sporting, conquistar a Liga Europa. Quem não se recorda do seu golo no último minuto das meias-finais da Taça UEFA em 2004/05, um AZ Alkmaar-Sporting?

Esta quinta-feira, os leões entram em campo na primeira mão dos quartos de final da Liga Europa, com o Metalist. [a entrevista realizou-se antes da partida se realizar]

Como não poderia deixar de ser, Miguel Garcia falou da sua vida de emigrante na Turquia, país que o surpreendeu pela positiva.

R – Como analisa e época do Sporting, clube onde foi formado e realizou quatro temporadas como profissional?

MG – Não tem sido fácil, pois é complicado integrar 19 novos jogadores. A equipa tem estado muito instável, mas ainda assim conseguiu chegar à final da Taça de Portugal e tem feito uma bela carreira na Liga Europa. Os adeptos de certeza que ficaram satisfeitos com a eliminação do Manchester City. No campeonato, tem estado aquém das expetativas mas a tendência é que as coisas melhorem com o tempo.

R – O Sporting é o clube do qual é adepto?

MG – Sim, é o clube do meu coração. Aqui na Turquia, quando há jogos do Sporting, a primeira coisa que faço é ir à Internet ver os resultados e os resumos. Espero que ganhem a Liga Europa, seria uma grande conquista.

R – Como viu a troca de Domingos Paciência, seu treinador no Sporting de Braga, por Sá Pinto, seu ex-colega no Sporting?

MG – O Domingos é um excelente treinador, tive muito orgulho em trabalhar com ele. Se fiquei surpreendido por Sá Pinto ter chegado tão cedo a treinador do Sporting? Bom, quando ele foi trabalhar com Pedro Caixinha na União de Leiria, certamente que tinha em mente ser técnico principal. Talvez este desafio do Sporting tenha chegado um pouco mais cedo do que ele esperava. Foi um grande salto e é um grande desafio para ele. E tem estado muito bem, conseguindo bons resultados.

R – Sá Pinto parece mais calmo do que há uns anos…

MG – Ele fervia em pouca água nos tempos de jogador, mas isso devia-se ao facto de nunca gostar de perder. Transformava-se, ficava revoltado quando isso acontecia! Mas agora noto que ele está mais calmo. Como colega, sempre foi um grande amigo meu e um conselheiro. Eu e o Carlos Martins passávamos muito tempo com ele e seguíamos os seus conselhos.

Quer Sporting de Braga campeão

Relvado – O Sporting de Braga, clube que representou em 2009/10 e 2010/11, lidera o campeonato a seis jornadas do fim. Acha que teremos o sexto campeão da história, depois de FC Porto, Sporting, Benfica, Belenenses e Boavista?

Miguel Garcia – Acho que é bem possível que isso aconteça. Se ainda estivéssemos na quinta ou sexta jornada… Mas a verdade é que o campeonato está quase a acabar! Acho que tudo se vai decidir nos dois próximos jogos. Acredito que se tiverem bons resultados frente a Benfica e FC Porto, serão campeões.

R – Hugo Viana e Custódio, seus antigos colegas no Sporting e Sporting de Braga, têm estado em grande destaque…

MG – Têm sido muito importantes na boa carreira da equipa. Fui colega deles durante bastante tempo e sei bem das suas qualidades. Já na época passada tinham sido decisivos na excelente época da equipa na Liga Europa e este ano ainda têm estado melhor.

R – O presidente António Salvador é o grande responsável por este crescimento do Sporting de Braga?

MG – Sem dúvida. Há 10 anos, o Sporting de Braga era um bom clube, mas não lutava pelo título, nem fazia grandes campanhas nas competições europeias. E tudo isto com um orçamento muito inferior ao dos clubes grandes.

R – Mas não será já o Sporting de Braga um grande?

MG – Penso que sim, avaliando o que tem sido o seu rendimento nos últimos três anos. Tem jogadores com qualidade muito aproximada aos do Sporting, Benfica e FC Porto. O orçamento é que é bastante inferior…

Turquia, uma grande surpresa!

R – Como está a correr a sua experiência no Orduspor?

MG – Está a correr bem e tem superado as minhas expetativas. A manutenção era o nosso objetivo, que já foi alcançado. Agora, ainda estamos a tentar ficar nos oito primeiros, de modo a disputar o play-off, mas será muito difícil, pois estamos a 5 pontos do oitavo classificado… Pessoalmente, joguei 28 dos 32 jogos do campeonato, tenho jogado quase sempre.

R – E o campeonato turco, é competitivo?

MG – Confesso que não o acompanhava muito. Mas estou surpreendido: não falta competitividade e há muitos bons jogadores e excelentes equipas, como o Besiktas, Galatasaray e Trabzonspor. Acho que são equipas que podem lutar pela vitória na Liga Europa.

R – E a cidade, como é?

MG – É uma cidade pequena, que não tem aeroporto, por isso as viagens custam muito, pois as deslocações são muito longas. É uma cidade portuária, com bons resultados e um grande calçadão. Mas confesso que não há muito para fazer… (risos) Passo quase todo o tempo com o João Ribeiro [seu colega de equipa].

R – E já “arranha” o Turco?

MG – É complicado, não há palavras iguais ao Português ou ao Inglês. Tenho aulas de Turco uma ou duas vezes por semana, mas é muito difícil falar. Sei apenas algumas palavras.

R – Isso acaba por dificultar a sua adaptação, ou não?
MG – Esta é uma cidade sem turistas e ninguém fala Inglês. É complicado, claro. Ensinaram-me a dizer ‘não falo Turco’ e quando vou às compras junto tudo no carrinho, digo isso, pago e vou-me embora. Nos primeiros tempos, para comprar telemóvel e outras coisas, tive a ajuda de um intérprete.

R – Os adeptos turcos são conhecidos pelo seu fanatismo. Os do Orduspor também são bastante ferverosos?

MG – São fantásticos! Aqui todos os clubes têm adeptos fabulosos e, ao contrário de Portugal, os estádios estão sempre cheios. O ambiente é sempre ótimo.

R – Tem falado com os outros portugueses que jogam na Turquia?

MG – Sim, principalmente com o Manuel Fernandes e o Pelé, para além do João Ribeiro. Istambul fica a uma hora de avião, mais uma hora de autocarro, mas às vezes vou lá ter com eles. Temos de ‘puxar’ uns pelos outros, pois estamos muito longe do nosso país.

R – Pretende continuar no Orduspor na próxima época?
MG – Tenho mais um ano de contrato com o clube e estou muito feliz aqui. O presidente e o treinador também gostam de mim, por isso entre ir para outro clube e não jogar muito, prefiro continuar na Turquia.

Fonte: Relvado 

 

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