Mais firmes ficaram os sportinguistas, ao empatarem, no Estádio Nacional, com o Benfica. A um golo. Emoções quentes se libertaram no Jamor. Humberto Coelho acusou Dinis de o ter agredido com um piton... na boca. Jaime Graça queixou-se de o golo ter sido marcado de forma irregular, o árbitro, Henrique Silva, defendeu-se assim, de forma mais ou menos desconcertante: «O jogador do Sporting que meteu a bola, e, sinceramente, não vi quem foi, não o fez com a mão, isso posso garantir, fê-lo com a anca. E se consultei o meu fiscal de linha foi por insistência dos jogadores do... Sporting e para os tranquilizar.
E, a 15 de Março, o jogo da grande e definitiva decisão. No Restelo. A
vitória, por 2-1, e a conquista virtual do título. Ao contrário dos
demais, Fernando Vaz não se deixou levar por farândola de frenéticos
festejos: « O golo de Peres pareceu-me legalíssimo. Aproveito para
felicitar todos os rapazes, pois a minha equipa revelou estatura de
campeão.
Fernando Vaz escolheu no início da época, Moniz Pereira para seu
preparador físico. Formaram uma dupla implacável. E não apareceu voz a
desafinar o coro que cantava loas à capacidade física dos «leões»
campeões.
Para a festa de Abraão um charuto de 35 centímetros
Era, estranhamente ou talvez não, contraponto na alegria dos
sportinguistas, que chegou a provocar lágrimas e episódios pícaros: por
exemplo, Abraham Sorin, o director do Depertamento do Futebol, decidiu
fumar, ali mesmo, um charuto de 35 centímetros, que tinha guardado
havia 3 anos, para saborear o título de campeão.
Mas muito mais insólito foi o que aconteceu ao árbitro leiriense,
Saldanha Ribeiro, contado por ele próprio: «Foi a cinco minutos do
final. Arranquei para seguir o lance e senti como que uma pancada na
perna direita. O massagista Silva observou-me, diagnosticando rotura
muscular. Tenho muitas dores na perna e até nos rins.
In Jornal "A Bola"
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