Negra voltou a ser a campanha do
Sporting na Taça dos Campeões Europeus. Depois de uma derrota, por
2-1 em Jena, na RDA, com o Carl Zeiss, todas as esperanças eram
legítimas. Mas o insólito e o inesperado aconteceram em Alvalade -
e os «leões» de Vaz acabaram traídos por isso, por cruel destino.
Antes do primeiro golo dos alemães, por três vezes esbarrou a bola
nos postes. O estádio estava repleto, os «leões», em profissão
de fé dentro e fora do relvado, sempre ao ataque, mas, de repente, a
luz eléctrica foi-se...
A avaria, momentânea, foi prontamente
reparada pelo pessoal de serviço, mas religado os holofotes, pareceu
que com a luz veio também a malapata: os sportinguistas perderam o
ritmo e num lapso os alemães inauguraram o marcador, deixando todos
basbaques.
O golo gelou os ânimos. E pior foi o
segundo, que fez do verde cor de luto e sonho perdido.
No final da partida, com os
sportinguistas vergados pela angústia do desaire, Fernando Vaz
lamentou o triste fado do estádio mergulhado em penumbra: «A
entrada fulgurante da minha equipa merecia melhor sorte. Aquelas
bolas na trave... Os alemães estavam apavorados com a velocidade do
Sporting. Com a avaria da luz eléctrica soou o «gong> e o Carl
Zeiss salvou-se do «KO».
In Jornal "A Bola"
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