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Sporting em San Mamés. Quinze minutos de atraso e um amarelo de avanço PDF Versão para impressão Enviar por E-mail
Terça, 24 Abril 2012 23:05

120424bilbau_sportingPrimeira visita a Bilbau foi em 1985. E o árbitro André Daina começou a criar inimizades mesmo antes do início do jogo

 

Javier Clemente estava na primeira de três passagens pelo Athletic. Na véspera do jogo, a primeira mão dos oitavos--de-final da Taça UEFA, o treinador espanhol apostou na bazófia. “Eu, preocupado? Eles [Sporting] é que devem ficar. Não acredito que nos eliminem. Só o poderão conseguir à custa de muito sofrimento.”

Sempre que uma equipa visita San Mamés pela primeira vez, manda a tradição que o capitão suba a bancada até à estátua de Pichichi (autor do primeiro golo no estádio) para homenageá-lo com flores. Pelas contas dos bascos, Raúl – pelo Schalke, na última eliminatória da Liga Europa – foi o 194.º jogador a cumprir o ritual. Manuel Fernandes não se lembra de ter feito o mesmo, mas tem outras histórias para contar da viagem a Bilbau.

“Houve um problema connosco por causa dos pitons. Estava a chover torrencialmente e depois eles ainda regaram o campo. Nós tínhamos pitons muito pequenos e mudámos para uns grandes. Para jogar naquele campo, da forma como estava, era preciso um piton muito alto, senão não nos aguentávamos em cima da relva. O árbitro é que achou que eram demasiado grandes e não autorizou”, explica o antigo capitão do Sporting.

O impasse atrasou o início do jogo em 15 minutos, mas o suíço André Daina não conseguiu impor-se por completo. Houve jogadores que cumpriram a ordem; outros fintaram o árbitro. E houve ainda quem jogasse com chuteiras cedidas pelo Athletic. “A mim não emprestaram, joguei com as minhas. Uns fizeram de conta que tiraram os pitons e nem sequer foram mostrar. Outros trocaram e foram ao pé dele. Mas conseguimos ludibriar o árbitro.”

Daina tinha apitado a final da Taça dos Campeões Europeus na época anterior, entre a Juventus e o Liverpool, marcada pela tragédia na bancada do Heysel Stadium, em Bruxelas. Para os reds, o desastre foi duplo, já que o árbitro assinalou um penálti a favor da Juve por uma falta, sobre Boniek, que teria sido feita fora da área, e Michel Platini marcou o golo da vitória.

Em San Mamés, o suíço nem esperou que a bola começasse a rolar para criar inimizades. “Lembro-me de que o Jordão levou um cartão amarelo antes do início do jogo. Ele hesitou ali duas vezes na bola de saída e o árbitro deu-lhe logo amarelo. Depois acabou por ser expulso. Ainda jogámos muito tempo [cerca de meia hora] com dez jogadores”, recorda Manuel Fernandes.

Não era a primeira vez que Jordão se via em casos disciplinares insólitos. Dez anos antes, quando o Benfica foi à Turquia defrontar o Fenerbahçe na primeira ronda da Taça dos Campeões, o avançado entrou numa disputa com o húngaro Sandor Patri. Depois de ganharem 7-0 em casa na primeira mão, os encarnados perderam o segundo jogo por 1-0. No fim, Jordão não quis dar a bola ao árbitro. Patri insistiu, mas nada feito. Como prémio pela teimosia, o jogador foi punido pela UEFA com um um jogo de suspensão.

Ora, em Bilbau, quando Jordão foi expulso, o Sporting perdia 2-0 (Sarabia aos 13’ e Salinas aos 58’). Mas Ralph Meade, que substituiu Manuel Fernandes no minuto seguinte ao vermelho, foi a tempo de reduzir. O Athletic saía em vantagem para a segunda mão, mas Clemente acabaria por engolir a fanfarronice. O Sporting ganhou em Alvalade por 3-0 e passou à eliminatória seguinte. Sem sofrimento.

 

In ionline.pt


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