Com a facilidade que o resultado espelha ou sugere, o
Sporting conquistou a Taça depois de ter vencido a primeira grande prova do
Campeonato Português, vencendo o Sporting de Braga por concludentes 4 - 0.
Um proeza assinalável e um marco de ouro na história de
qualquer equipa.
A 30 de Maio de 1982, o Sporting alinhou com:
Meszaros; Ademar, Bastos, Zezinho e Inácio; Virgílio (Meneses 85'),
Marinho (Nogueira 56'), Lito e Oliveira; Manuel Fernandes (c) e Jordão.
Suplentes não utilizados: Fidalgo, Barão e Freire.
Treinador: Malcolm Allison
Golos: Oliveira (37' e 86'), Manuel Fernandes (77') e Jordão
(81').
Os jogadores campeões:
Oliveira, pois claro... mais Jordão e Manuel Fernandes.
Meszaros: Uma boa exibição, relativamente tranquila, embora
salpicada de intervenções valiosas, uma delas, na primeira parte, a negar a
Fontes o primeiro golo do jogo e, depois, no lance de Vitor Santos, a sair bem
e a não permitir o empate.
Ademar: Foi quase sempre um elemento com preocupações
defensivas. Teve muitas dificuldades em parar Vitor Santos, a não ser depois da entrada de
Nogueira.
Bastos: Mais uma excelente exibição, no lugar de «líbero»,
afinal a sua verdadeira posição, onde se sente muito melhor do que em qualquer posto.
Zezinho: Jogando depois de longa ausência, transmitiu muita
segurança ao sector defensivo. No jogo por alto, como no jogo rasteiro, Zezinho foi um dos
homens chave dos vencedores da Taça, jogando com o mesmo à-vontade, de um
jogador que tenha sido sempre titular.
Inácio: Exibição serena, sem os rasgos de um grande jogador,
nem as deficiências de um jogador preocupado. Valeu-se da sua longa experiência para pisar os
terrenos mais indicados, subindo e descendo no campo, conforme as incidências do jogo e a
necessidade da equipa.
Marinho: Exibição sem rasgos, mas também sem comprometer,
mesmo porque esteve em campo durante o período menos agradável da equipa do Sporting, a
1ª parte.
Nogueira: Entrou, precisamente, aos 11 minutos da segunda
parte. Veio trazer a velocidade que faltava ao flanco direito do Sporting. O
futebol, prático e dinâmico de Nogueira, acabou por ter efeitos depressivos no
adversário e consagrou-se com o excelente cruzamento que permitiu Oliveira
fixar o resultado final.
Virgílio: Mais activo que Marinho e porventura mais
combativo, mas viu-se perante as mesmas dificuldades, pois o meio-campo bracarense não dava
hipóteses de organização de futebol de ataque aos centrocampistas do Sporting na 1ª parte.
Meneses: Entrou a
minutos do fim e, naturalmente quase não teve tempo para aquecer.
Oliveira: Algo apagado nos primeiros minutos, mas depois do
primeiro golo e em toda a segunda parte em que passou a gozar de mais
liberdade, realizou uma exibição de grande valor, especialmente depois da saída
de Serra, a qual levou ao completo desmoronamento da estrutura em que assentava
a equipa bracarense.
Lito: O primeiro jogador do Sporting a lutar contra a
organização defensiva dos minhotos, quando as coisas não corriam bem para os
lisboetas.
Manuel Fernandes: Uma boa exibição do «capitão» da equipa
sportinguista. Na segunda parte as coisa ainda melhoraram, depois do segundo
golo, quando passou a jogar mais solto, mais à vontade, especialmente depois de marcar um golo maravilhoso, uma
«folha seca» primorosa, a fazer «voar» a bola sobre a barreira.
Jordão: Serra enquanto esteve em campo ainda o consegui
parar, mas depois, quando Serra se magoou, Jordão ficou à solta, pois o Braga não teve mais
defesa.
Jordão, Manuel Fernandes e Oliveira, os três grandes do
Sporting dividiram entre si os quatro golos.