Domingo, 11 Maio 1980 22:00 |
80.000 espectadores no «jogo do ano»,disputado nas Antas, com chuva, sangue, suor, lágrimas, nervos, histerismo, apoplexias e todos os seus derivados. Aos 48 minutos, Freire deixou os portistas à beira do dilúvio, mas o F.C.Porto lograria o empate a 15 minutos do fim, na sequência de uma grande penalidade. Oliveira apontou, Vaz defendeu, valeu a argúcia de Romeu.
Fernando Mendes, técnico do Sporting, rematou com ironia: «O sr.
António Garrido foi muito 'corajoso'. Assim, o Sporting viu-se
espoliado, pouco depois de fazer o seu golo, de outro absolutamente
legal e que foi anulado pelo fiscal de linha Mário Luís». José Maria
Pedroto puxou de uma frase-chavão:«Foi o que toda a gente viu: de uma
possível goleada surgiu o empate: é o futebol. O F.C.Porto demonstrou
com exuberância que é realmente a melhor equipa do Campeonato e que lhe
assenta bem o 'tri'.»
António Garrido defendeu-se: «Não tive dúvidas em confirmar a decisão
de Mário Luís na anulação do golo a Manuel Fernandes, pois este estava
deslocado. Quanto ao 'penalty', também não tive dúvidas de que Bife foi
carregado por trás, quando detinha a bola».
No inferno da Antas alinharam pelo Sporting:António Vaz; José Eduardo,
Vitorino Bastos, Eurico Gomes e Francisco Barão; Paulo Meneses, Samuel
Fraguito e Ademar Marques (José Lobo "Lito" aos 64 min); Manuel
Fernandes (Capitão), Carlos Freire (Joaquim Mota aos 88 min) e Rui
Jordão.
Treinador: Fernando Mendes
Golo: Carlos Freire (49 min)
In "A Bola"
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