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Miguel Garcia em Alkmaar: "Liedson, deixa-me entrar ao primeiro poste no canto" PDF Versão para impressão Enviar por E-mail
Segunda, 27 Julho 2009 01:15

090727_miguel_garciaO defesa apurou o Sporting para a final da UEFA frente ao AZ em 2005. Nas vésperas de novo jogo com holandeses, recorda ao i o momento decisivo e descreve o calvário após grave lesão.

 

"Foi um jogo emotivo, frenético." Miguel Garcia imortalizou a alcunha de herói de Alkmaar na noite de 5 de Maio de 2005. O defesa recorda todos os pormenores do dia em que ganhou lugar na história do Sporting. Ou quase todos. "Bombas na madrugada? Não me lembro?", admite. Mas houve mesmo - na véspera do jogo decisivo, em 2005, alguns hóspedes do Hotel Golden Tulip (onde estava a comitiva lisboeta) acordaram com o rebentamento de duas bombas de fraca potência. Estava instalado um ambiente de guerra mas seriam os leões a lançar os foguetes da festa.



"O estádio era pequeno, os adeptos estavam muito em cima do campo e trazíamos a vantagem mínima de 2-1. Perdemos 3-2, mas é das poucas derrotas que nunca mais serão esquecidas", diz, antes de abordar o melhor momento da carreira: "Nunca subia nos cantos, ficava sempre no meio-campo. Como já passava da hora, até o Ricardo foi para a área. Falei com o Liedson, que costumava entrar ao primeiro poste, e disse-lhe: ?Deixa-me ir para essa zona. O Tello bateu bem e fui feliz." Ainda hoje, o golpe de cabeça é recordado. Nem é preciso o YouTube. "Na rua, algumas pessoas, as mais fanáticas, ao passar por mim ainda me dão os parabéns. É bom...", regozija-se.

Agora, a realidade é outra: o alentejano, de 26 anos, está no Olhanense e não sabe o que sentirá quando defrontar o clube onde passou dez anos. "Saí sem rancor e ainda tenho lá muitos amigos, como o Moutinho, o Yannick, o Tiago ou o Veloso." Mas tem uma certeza - "o Sporting tem 80% de hipóteses de passar o Twente". "O estilo das equipas holandesas encaixa-se muito bem no português. Aliás, no ano do AZ, em 2005, o Sporting já tinha eliminado o Feyenoord com duas vitórias. Acredito que com o Twente a história não será diferente e confio no triunfo", analisa.

Renascido Em 2007, uma grave lesão no joelho afectou a primeira aventura no estrangeiro (Reggina, Itália). E até ameaçou a carreira. "Nunca tinha tido nenhum problema e foi um autêntico pesadelo. Não tive apoio do clube, voltei para Portugal, mas os meses passavam e não me sentia em condições... Todos os jogadores têm uma fase má mas a minha não terminava. Em alguns momentos, como as dores não passavam, pensei em desistir mas recuperei e ganhei uma segunda vida."

"Bölöni e Rolão Preto ajudaram-me no Standard Liège, depois treinei com o Alcochetense - que fica ao pé da minha casa - para manter a forma, entrei na equipa de desempregados do sindicato e acabei por encontrar uma equipa que apostou em mim", completa.

Dois anos depois, o Olhanense é o próximo desafio. O herói de Alkmaar, agora Fénix Renascida, está num bom momento. "Foi preciso muita força de vontade mas consegui", comenta. E outra noite de 5 de Maio poderá voltar a repetir-se.

 

In ionline.pt


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