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Sporting. O Grimi não compensa PDF Versão para impressão Enviar por E-mail
Quinta, 04 Fevereiro 2010 22:08

100204_grimiO argentino que custou 4 milhões de euros continua a desiludir. Após todos os problemas extrafutebol, são as questões em campo a falhar

 

O crime não compensa - eis um ditado que não só caiu em desuso como também é citado ao contrário. Mas, na teoria, a sabedoria popular está certa. Mais ainda quando se fala de Sporting, com uma troca: é o Grimi que não compensa. Na ressaca de um encontro em que foi considerado o pior dos piores leões que foram domados no Dragão, o argentino que custou 4 milhões de euros continua em sub-rendimento. E o mercado já fechou.


Hilário, ex-lateral dos lisboetas nas décadas de 50 e 60, admite que o sul-americano foi o pior mas desculpa-o tendo como base uma desinspiração quase total; Fernando Mendes, canhoto formado no clube no início dos anos 80, garante que o argentino não tem a qualidade necessária para jogar no Sporting; Paulo Torres, defesa esquerdino que chegou aos seniores dos leões em 1988/89 e cumpriu seis épocas como titular, comenta que, desde a lesão no joelho, nunca mais voltou a ver o jogador que deu nas vistas em 2008. Três referências de diferentes gerações que encontram justificações distintas mas um ponto em comum: é na lateral-esquerda que está a grande lacuna do actual Sporting. "Quatro milhões de euros com um rendimento tão baixo? Foi um péssimo negócio", asseguram.

E volta-se aos ditados populares. Neste caso, as aparências iludem. Em 2007, depois de ter sido considerado o melhor jogador jovem do Torneio Apertura, pelo Racing Avellaneda, despertou o interesse do Milan. E, por 2 milhões de euros, partiu para Itália. "A minha referência é o Maldini. Quero fazer história no clube como ele", realçou. O tiro saiu pela culatra, como sucedeu com Balajic, croata que chegou a Alvalade em 1996 a comentar que era melhor que Maldini e saiu pela porta pequena. O Sporting começou a seguir Grimi ainda na Argentina, viu uma oferta de empréstimo recusada no Verão de 2007, mas lá conseguiu trazer o defesa em 2008 - fez 20 (bons) jogos e os leões decidiram comprá-lo.

BALÃO PERDEU AR Ariedo Braida, director-desportivo do Milan, teve um Verão de 2008 muito agitado. Principalmente graças aos jornalistas portugueses, que todos os dias lhe massacravam o telemóvel para saber as últimas da novela. Ficou mesmo: por 2,5 milhões de euros, mais 35% de uma futura transferência e 200 mil euros por cada presença na Champions. Depois, ficou a saber-se que, entre comissões e prémios de assinatura, foram investidos quase 4 milhões (3,95).

2008-09 começou e o Grimi que encantara os responsáveis desaparecera. Falta de forma? De confiança? Um misto. Com uma boa pitada de problemas extra-futebol: em Janeiro de 2009, foi apanhado com 1,3 gramas de álcool no sangue em Lisboa e ficou umas horas na esquadra do Calvário; em Março, foi operado ao joelho; em Abril, saiu da esquadra da Gare do Oriente já de manhã após ter alegadamente raptado uma rapariga.

Voltou, fez alguns jogos e até marcou o golo do empate com o Heerenveen, que apurou os leões para a fase seguinte da Liga Europa. Viram-se sinais de retoma, voltaram os fantasmas antigos já depois de o mercado ter fechado sem reforços (mas com muitos falhanços) para a esquerda da defesa. Varela, dispensado de Alvalade, aproveitou para prender o lateral na rusga dos insucessos. Porque o que não nasce torto também cai e tarda em endireitar-se.
In ionline

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