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Sporting. Um dedo em riste e dois socos partiram o clube ao meio PDF Versão para impressão Enviar por E-mail
Sexta, 22 Janeiro 2010 22:52

100122_sa_liedsonA discussão entre Sá Pinto e Liedson marca o presente, mas existiam problemas do passado que vão condicionar todo o futuro dos lisboetas

 

O Sporting estava a sobreviver ao KO dos resultados e tinha um saldo OK em 2010: cinco jogos, cinco vitórias. Mas bastou um dedo em riste e dois socos para partir por completo o clube. Foi o KO técnico num combate que não foi anunciado mas era expectável. E a SAD assumiu o incidente - comunicou a saída de Sá Pinto - sem falar nele mas sabendo que é o caso que divide os leões.



Tudo começou num dos problemas que parecem não ter solução: o relvado. Por causa de um tufo, Patrício falhou um pontapé e voltou aos momentos negros que o ensombraram nos primeiros tempos. Da bancada, além dos impropérios ao guardião, choveu um nome - Stojkovic. "Estou farto! O garoto tem salvo a equipa e só sabem dizer mal e assobiar", comentou Liedson, amuado por não ser opção frente ao Mafra (as substituições estavam esgotadas). "Tens de respeitar os adeptos. Eles pagam o teu ordenado e o de toda a gente", respondeu Sá Pinto, já desagradado. "Não quero saber, nunca mais vou agradecer nada. Eu falo o que me apetecer", gritou o avançado. O (antigo) director sentiu-se desrespeitado. E ficou fulo. Mas o pior estava para vir: depois de falar com Carvalhal, Sá Pinto reuniu o grupo, deu os parabéns por mais um triunfo (sublinhando, contudo, algum facilitismo após o 4-1) e ia começar a dissecar o confronto. "Tens a mania que és líder mas devias era defender-nos", disse Liedson, exaltado. "Tu é que pensas que mandas nisto tudo mas tens de respeitar-me, sou o director disto", soltou Sá Pinto, de dedo em riste. O baiano sentiu-se ameaçado. "Não me apontas o dedo", disparou antes de dar uma palmada na mão do antigo companheiro. Que respondeu com dois socos. E só aqui é que foram separados.

Ninguém acreditava no que acontecera. Sá Pinto, que durou apenas 70 dias no cargo, encontrou-se com Bettencourt, explicou o enredo, pediu a demissão e foi limpar o cacifo a Alcochete de madrugada. Depois escreveu a carta ao plantel, enaltecendo o profissionalismo dos jogadores, desejando sucesso mas realçando: "Quando uma pessoa não é respeitada perde a autoridade." Já Liedson analisou o sucedido com a SAD, levou uma multa e tem um processo disciplinar em curso que, no limite, poderá agravar a sanção pecuniária. Nada mais.

"Estava à espera. Sá Pinto tinha anti-corpos no balneário. Mas isto foi demais", diz-nos uma fonte. Ao que parece, Liedson tem-se insurgido, de forma directa ou indirecta, perante "injustiças" como a não titularidade de Polga ou as ausências na convocatória de Caneira. "O Sá é temperamental mas, na verdade, até são pessoas tranquilas", destaca Derlei. "É normal, aconteceu comigo na U. Leiria. Tem de haver cobrança. Mas depois tudo passa. No Sporting? Vi aquilo entre o Liedson e o Vuk na Madeira, nada mais." "Liedson sabia que Sá Pinto podia explodir e colocou lá um detonador", analisa Octávio Machado. "Nem as vitórias acalmaram o balneário. Há uma espécie de paz podre", lança uma fonte próxima do grupo, que teme que Liedson já esteja a sofrer ameaças dos adeptos mais radicais. "Sá Pinto foi pisando terreno armadilhado", salienta outra. Pelos vistos, este não foi o primeiro confronto. E não terá sido o último. Mas fala-se de um meio com 30 pessoas que nem sempre se entendem. Agora multiplique esse número por 100 mil, onde uns defendem Sá Pinto e outros veneram Liedson acima de tudo: é assim que está o universo leonino. À mercê de um KO técnico.

 

In ionline


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