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E se um Abramovich quisesse o Sporting, isso seria impossível? PDF Versão para impressão Enviar por E-mail
Terça, 13 Outubro 2009 19:16

091013_jebResponsáveis leoninos garantem que estatutos da SAD defendem clube. Mas há outras teorias

 

Parece um spot publicitário de um perfume ou desodorizante, mas é uma pergunta que se ouve cada vez mais em surdina no universo leonino. A figura de desconhecido, aqui representada pelo milionário Roman Abramovich, proprietário do Chelsea, não passa e oferece flores. Pelo contrário, pode vir para ficar, dando ao Sporting aquilo que continua a mover as atenções: dinheiro. Para os dirigentes leoninos, a ideia cheirava bem mas seria impossível de acordo com os estatutos da SAD; para outras fontes contactadas, a ideia cheira mal porque, um dia, ainda pode passar à realidade.



"Com a emissão de VMOC [n.d.r. Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis], existem condições para, daqui a cinco anos, o Sporting passar a ter apenas 50% mais um da SAD. Ou seja, nunca perderá o controlo nem a maioria da sociedade", diz José Nobre Guedes, responsável financeiro dos lisboetas. No entanto, segundo o i apurou, é assumido internamente que a perda da maioria do capital social até seria interessante. "Para mim, se o Sporting tivesse apenas 20% seria óptimo porque, possuindo na totalidade (16,33%) as acções de categoria A, é impossível que alguém mande na SAD a não ser o Sporting. Essa premissa está salvaguardada desde a fundação da SAD e, para alterar isso, só com a aprovação em assembleia geral do clube", destaca Nobre Guedes, acrescentando: "Durante o processo de renegociação da dívida com a banca percebemos que os associados não estão preparados para isso, e, nesse sentido, decidimos respeitá-los."

Mas há visões distintas. "As acções de categoria A dão alguns direitos especiais ao clube, como a alienação ou a oneração de bens que integrem o património imobiliário da SAD. Ou seja, a venda da Academia exigiria sempre o voto favorável dos sócios. Mas o resto são interpretações", rebate um associado que prefere manter o anonimato. "É como a passagem da Academia para a SAD ou a emissão de VMOC: tal como a Comércio e Serviços, deveriam exigir uma maioria qualificada. No entanto, foram feitas outras interpretações", completa.

O investimento de um milhão de euros na SAD por parte dos parceiros sul-africanos do Sporting na Academia, que será erguida no início de 2010 em África, noticiada na altura pelo i, alimentou a discussão sobre a entrada de capital estrangeiro na sociedade. Uma coisa é certa: os grandes magnatas que têm investido em clubes europeus já começam a chegar a Espanha. Passarão a fronteira? "Pode ser uma mera questão de tempo."

onde fica a comércio e serviços? Este será um dos pontos levantados na assembleia geral de hoje, que passou do auditório de Alvalade para o multidesportivo do estádio. Outro serão as razões para o deficiente arranque dos leões na Liga. Mas isso são dois assuntos marginais aos pontos em discussão - a votação do relatório e contas e, depois, a passagem da Sporting Comércio e Serviços (empresa que detém os patrocínios, a publicidade e os direitos televisivos dos encontros do Sporting) para a SAD. E é aqui que entronca a dúvida: será que José Eduardo Bettencourt, que terá a primeira prova de fogo perante os associados leoninos, conseguirá atingir os 66,66% necessários para sair vencedor?

À partida, sim. Depois dos dois chumbos à tangente ainda na gerência de Soares Franco (o segundo na forma de referendo, que precisava de 75%), a medida deve passar. Com isso, a SAD limpa a dívida - se o artigo 35 das sociedades comerciais estivesse em vigor, a sociedade verde e branca estaria em falência técnica e poderia ser pedida a insolvência - e avança para o aumento de capital social. "Preciso de dinheiro para poder dar competitividade ao futebol. E essa medida trará as receitas necessárias", defende José Nobre Guedes. Confirmando-se as previsões, o acordo de restruturação financeira renegociado com a banca ficará fechado até ao final do mês.

Já o Sporting passará a ter apenas o estádio e participação em sociedades do universo empresarial, ou seja, o estádio e acções, papéis. Porém, para atrair mais investidores, a passagem do José Alvalade para a SAD poderá vir a ser discutida já em 2010, segundo apurou o i.

 

In ionline.pt


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