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A capacidade de sofrimento para o título tem nome: Delfim PDF Versão para impressão Enviar por E-mail
Sábado, 17 Outubro 2009 18:14

091017_delfimEntre o futebol espectacular de Jozic e o jogo prático que quebrou o jejum em 2000, o médio jogou duas semanas depois de ser operado ao menisco

 

"Todos os pormenores fazem a diferença. Nos momentos de crise, cada um tem de dar um pouco mais de si para superar as adversidades." Delfim sabe do que fala: duas semanas depois de ser operado ao menisco, o médio regressou à competição e foi titular num período que incluía jogos a meio da semana. "Mais tarde acabei por me ressentir, mas foi um sacrifício que valeu a pena", diz. Afinal a quebra do jejum de 18 anos sem títulos ficará para sempre na história do Sporting. Tal como Delfim.

"Vivi realidades distintas. Em 1998/99, o treinador era Jozic, habituado à formação e a apostar em jovens. O futebol era espectacular, dava gosto, mas os resultados, com as influências de arbitragens à mistura, não foram os melhores. Mas atenção: Jozic teve responsabilidade no título de 2000", sublinha. "Com Materazzi, a filosofia era diferente: apostava nas cargas físicas e noutras metodologias de treino. Sim, andávamos de rastos em alguns momentos... Depois houve a mudança técnica e chegou Inácio: houve mérito pelo retomar das vitórias mas a equipa já estava mais solta e acabámos por retirar dividendos disso", completa, antes de apontar "a liderança de Pedro Barbosa em campo e de Iordanov no balneário" como justificações do "ambiente de união" que levou ao sucesso.

Horror Delfim acabou por ser vendido ao Marselha por 5 milhões de euros em 2001. Vontade pessoal ou desejo forçado? "Já tinham vendido o Simão e nesse ano era a única proposta... O Sporting deu-me liberdade para escolher, mas sempre frisou que aquele encaixe financeiro era importante. Acabei por sair. E ainda hoje guardo a melhor imagem do clube e dos sócios. Arrependido? Nada..."

O que não esperava era o calvário que se seguiria - por causa de um erro médico, quase ficou paraplégico. "Fiquei 32 meses sem jogar. Começou com uma contracção muscular lombar numa viagem de autocarro. No tratamento houve a manipulação selvagem do chefe médico e fiz uma entorse na coluna vertebral. O Marselha nunca me acompanhou, profissional e humanamente...", recorda com voz trémula. O jogador pondera ainda avançar para os tribunais. Afinal, além de não ter jogado durante quase três anos, viu-se proibido de coisas simples como pegar nas filhas ao colo. "Não fiquei paraplégico por milímetros."

Redenção Delfim voltou a jogar e agora não tem clube por opção. De fora, analisa a campanha leonina com a esperança de um futuro melhor. "Quando se quer, tudo se atinge." "O Paulo Bento foi meu companheiro. É um grande profissional, um homem que respira futebol e tem liderança. Agora com a paragem a equipa acalmou. O Sporting vai ter um ciclo de vitórias. Nota-se a ansiedade, a falta de vontade de assumir o jogo, algum medo de ter a bola... O balneário tem de se fechar mais porque valor existe", diz.

 

In Ionline.pt


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