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Terça, 23 Abril 2024
Morais. Este homem merece mais do que um cantinho PDF Versão para impressão Enviar por E-mail
Quinta, 29 Abril 2010 18:27
MoraisAos 75 anos, morreu o homem que marcou o golo mais importante da história do Sporting, na final da Taça das Taças-64

"Morais afaga a bola, parece falar com ela, coloca-a na marca.... vai marcar o cantooooo......... a bola parte, com boa conta,............. goooolo do Spoooooorting!" [Artur Agostinho, Emissora Nacional]

Este relato de rádio retrata o lance que mudou a vida do Sporting. No dia 15 de Maio de 1964. Morais dividiu o Sporting - não ao meio, claro. Acontece que há um antes e um depois na história do Sporting com aquele golo de canto directo ao MTK Budapeste, que garantiu a única taça internacional aos leões - a Taça das Taças. É o A.M. (Antes de Morais) e o D.M. (Depois de Morais).

No dicionário sportinguista, Morais significa esforço, dedicação, devoção e glória. E traduz-se na conquista da Taça das Taças. O golo do título é obra de Morais. Na jogada mais improvável de todas. Um canto directo, aos 20 minutos.

Ele até nem era para ir à Bélgica e só foi porque Hilário se lesionou a três dias da final da Taça das Taças, num jogo com o V. Setúbal, em Alvalade, para a Taça de Portugal, mas Morais tinha o feeling (muito antes de qualquer elemento dos Black Eyed Peas ter nascido). O feeling de que ia marcar. E até sonhou com isso no dia anterior à finalíssima.

"Virei-me para o banco e confirmei se era eu. O técnico [o espanhol Anselmo Fernández] acenou-me que sim. Lá fui. Peguei na bola com jeitinho, disse-lhe umas palavrinhas amigas, dei-lhe um beijinho... Depois, mal senti o pé a bater nela fiquei logo com a sensação de que seria golo. Parece que o tempo parou ali. Observei a trajectória do esférico, vi o Figueiredo a correr para o primeiro poste e o guarda-redes atrás dele para interceptar o eventual cabeceamento do desvio, mas o destino estava traçado. A bola passou por cima dos dois e acabou por entrar junto ao segundo poste. Foi a euforia total mas não foi um golo de sorte. Ao longo da carreira, marquei mais uns quantos da mesma maneira."

Este golo, raro em qualquer canto do mundo (no Sporting, talvez só Balakov tenha tentado o lance com frequência), ficou imortalizado e até foi lançado um disco com o título "O golo de Morais que não esquece mais", aproveitando o relato radiofónico de Artur Agostinho, então na Emissora Nacional, interpretada por Margarida Amaral e popularizada por Maria José Valério.

 

In ionline.pt

 


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