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Quinta, 28 Março 2024
Liga Europa: Sporting 2-1 Nordsjaelland (3-1) PDF Versão para impressão Enviar por E-mail
Sexta, 06 Agosto 2010 20:20

100729_liga_europaTrês boas notícias para o Sporting na noite de ontem: o apuramento para a próxima eliminatória da Liga Europa, a recuperação aparente de Hélder Postiga e a confirmação de que Maniche, com cara de gordinho ou não, é realmente reforço. De resto, sobram motivos de preocupação para Paulo Sérgio, que viu a sua equipa em risco de ser eliminada por um adversário de terceira ou quarta linha do futebol europeu. Os adeptos leoninos devem mesmo ter perguntado a si próprios onde é que já tinham visto aquele futebol pastoso e permissivo da segunda parte, lembrando-se de imediato que foi essa a sua sina durante quase toda a... época passada. Esse fantasma continua atrás da porta e o novo treinador terá ainda muito trabalho pela frente até o caçar em definitivo.



Trazendo da Dinamarca uma interessante, mas nada definitiva, vantagem de um golo, o Sporting entrou em campo com vontade de a aumentar depressa e assim viver uma noite serena. No onze, Paulo Sérgio procedeu a três alterações - uma das quais forçada (Pedro Mendes por André Santos), apostando também em Valdés para o lado esquerdo, em detrimento de Djaló, e sentou Saleiro para dar a titularidade a Liedson. A equipa de Alvalade tentou assumir o jogo, mas nos primeiros minutos sentiu alguma dificuldade para contornar a pressão do Nordsjaelland, que defendia subido e punha cinco unidades - os dois trincos e os três elementos da linha seguinte - a segurar os quatro homens que o Sporting tinha na linha do meio-campo. Seria até o organizado conjunto dinamarquês a criar (e desperdiçar) a primeira oportunidade clara de golo, sobre os 10', pelo perigoso Nicki Bille, que já na primeira mão ameaçara cedo a baliza de Patrício.

A ocasião serviu de pretexto aos primeiros assobios do tribunal de Alvalade, mas tal não amedrontou a equipa leonina, que, como Paulo Sérgio pedira, teve cabeça fria e estaleca para continuar a tentar furar a defesa contrária. O Sporting acabaria então por chegar ao golo com alguma fortuna, mas também em consequência de um fluxo ofensivo que se acentuava, num lance de insistência de Liedson, exemplarmente aproveitado por Postiga - o Carteiro, que neste defeso foi associado a vários clubes e... nenhum deles era o Sporting, continua assim a viver uma espécie de ressurreição no conjunto verde e branco.

A vantagem deu naturalmente alguma serenidade ao Sporting, que, no entanto, se esqueceu dela ao intervalo, no balneário, de onde regressou demasiado amorfo. Quando o que se exigia era um segundo golo que arrumasse em definitivo a eliminatória, os leões pareciam mais interessados em gerir a curta vantagem que haviam conquistado, incapazes de segurar a bola e permitindo o contragolpe do Nordsjaelland. Paulo Sérgio mexeu, lançando Djaló e depois Matías, mas seriam os nórdicos a empatar, com o suplente Lawan a aproveitar uma bola bem metida entre o lateral e o central - uma lacuna que ficou evidente no Sporting durante todo o jogo.

Seguiram-se dez minutos de suspense, porque um segundo golo do Nordsjaelland deixaria os leões fora da Europa. Os dinamarqueses acabaram com quatro homens na frente, à procura desse momento de glória, tendo mesmo criado alguns lances de perigo junto das redes de Rui Patrício. O sofrimento só terminou ao segundo de três minutos de desconto, quando Maniche, de trivela, estabeleceu o resultado final. Um suspiro de alívio que, contudo, não esconde (não pode esconder) o essencial: o Sporting mostrou ontem limitações que outro adversário - e o play-off será mais duro... - dificilmente perdoaria.

Sporting 2-1 Nordsjaelland
Estádio José Alvalade
Relvado Razoável
27 152 espectadores
Árbitro Marijo Strahonja (Croácia)
Assistentes Igor Krmar e Miro Grgic 4º árbitro Drazenko Kovacic

 

Sporting

Treinador Paulo Sérgio

1 Rui Patrício GR 6
47 João Pereira LD 6
3 Carriço DC 5
4 Polga DC 5
5 Evaldo LE 6
26 André Santos MD 5
8 Maniche MD 7
77 Vukcevic AD a 62' 5
15 Valdés AE a 71' 6
23 Postiga AV 7
31 Liedson AV a 78' 6
-
16 Tiago GR
44 Nuno André Coelho DC
18 Grimi LE
14 Matías Fernández MO a 71' 4
20 Yannick Djaló AD a 62' 4
9 Saleiro AV
10 Pongolle AV a 78' 3
-

Golos [1-0] 24' Postiga[2-1] 90+2' Maniche
amarelos 53' Liedson
vermelhos Nada a assinalar
Nordsjaelland

Treinador Morten Wieghorst Treinador

1 Hansen GR 5
4 Kildentoft LD 4
23 Jensen DC 4
18 Parkhurst DC 4
27 Bengtsson LE 5
6 Adu MD 5
7 Stokholm MD 6
8 Bernier MO a 67' 5
22 Laudrup AD a 63' 5
9 Mikkelsen AE a 84' 6
14 Nielsen AV 7
-
28 D. Jensen GR
19 Gundelach DC
17 Christensen MD
20 M. Nielsen MO a 67' 4
12 Lawan AD a 63' 6
15 Fetai AE
24 Granskov AV a 84' 2
-

Golos [1-1] 79' Lawan
amarelos 16' Adu, 90+3' Lawan
vermelhos Nada a assinalar

 

 

Como Jogou o SPORTING

Rui Patrício 6

Andou uma hora a ver jogar, depois foram... sustos, uns atrás dos outros. Teve uma parada de coragem aos 65' e uma saída dos postes à palmada (82'). Impotente no golo encaixado, mostrou segurança com a bola nos pés e a tremedeira habitual nos cruzamentos.

João Pereira 6

Escondido nos processos da equipa na melhor fase, mas o descanso trouxe-lhe alma para atacar, até pela esquerda, de onde disparou aos 61' com perigo. Que baile deu aos dinamarqueses aos 86' e Bengtsson que o diga: andou a gatinhar.

Carriço 5

Sai penalizado pelo erro no tempo de corte no golo sofrido. Falhou a intercepção que foi... excepção. Serenidade foi bitola até entrar na onda da mediocridade final.

Polga 5

Bille mexeu com o capitão como quis, ganhou espaço, posição e até rodou sobre a experiência do campeão do mundo. Ao passe faltou certeza. As desatenções aos 10' e 65', aliadas à morosa reacção, dão que pensar.

Evaldo 6

Cavalgou sem olhar para trás e quando a bola entrou nas suas costas viu-se em trabalhos. A velocidade de saída permitiu-lhe receber um belo passe de Liedson já nos descontos, para depois fazer uma assistência primorosa para Maniche fechar a eliminatória.

André Santos 5

Acusou a responsabilidade da estreia em Alvalade pelos seniores, logo, arriscou pouco no passe, lateralizando o jogo. Depois, onde andou a garra na disputa pela posse da bola? Perdeu-a um par de vezes por desatenção.

Maniche 7

Soube variar o jogo, de flanco a flanco, depois dedicou-se ao tiro. Disparos não faltaram - só aos 78' foram dois -, mas a força e direcção nem sempre foram as melhores. Encontrou-as nos descontos, selando a partida.

Vukcevic 5

Engasga o jogo, e ontem fê-lo de novo, sempre que prende a bola em acções individuais inconsequentes. De vez em quando, como aos 27', sai um truque para festejos. Não se livrou da irregularidade, dando provas de alguma incapacidade para alargar o jogo.

Valdés 6

Da esquerda para o meio soltou diagonais de alegria em meia-hora de promessas e deixou no ar o golo, aos 25'. Depois foi caindo. Não procurou a linha no ataque, teve pormenores de entrega e qualidade na condução e recuperação da bola.

Liedson 6

Ameaçou com tiros para golo e um deles teve a emenda certeira de Postiga, com quem soube combinar. Faltou-lhe pulmão para a pressão, ainda que a tenha feito a meio-gás.

A Figura: Postiga (7)
Chapelada a Hansen dava o brilho à noite

Desencontrado com as balizas na época passada, em que apenas marcou um golo, Postiga igualou ontem o registo aos 24' do segundo jogo oficial de 2010/11. Que alívio, terá pensado. Tinha deixado promessas de festejos antes (9' e 22'), mas teria sido o disparo do meio-campo, aos 39', o momento alto da noite, quando viu Hansen adiantado e tentou fazer-lhe uma chapelada. A defesa do dinamarquês tirou-lhe o brilho do momento, sem dissipar, contudo, a intenção e leitura de jogo. A mesma que evidenciou quando encontrou espaços nas costas dos laterais para colocar a bola nos colegas. Faltou-lhe maior eficácia na pressão ofensiva, mas o mal foi geral. Ainda assim fez por merecer a ovação da noite quando deu o lugar a Pongolle.

Djaló 4

Encostou-se à direita sem conseguir puxar o jogo para o seu lado. Sem chama nas arrancadas, foi vítima do estado de sítio em que a equipa se encontrava. Alvejou a baliza, aos 76', mas o cabeceamento foi torto.

Matías Fernández 4

Entrou e a qualidade no trato da bola melhorou, e de que maneira, ainda que as incipientes acções colectivas fossem boicote nos intentos. Que assistência, aos 87', para Pongolle...

Pongolle 3

A vontade desapareceu num ápice, prevaleceu a atrapalhação. E a perdida aos 87', que displicência!

Paulo Sérgio
"Fomos abaixo com o primeiro assobio"

Paulo Sérgio queixou-se dos assobios dos adeptos mas, ao mesmo tempo, agradeceu a sua presença em Alvalade, pois considera que os jogadores devem saber jogar debaixo de protestos ou aplausos. Além disso, apontou a si próprio o trabalho de incutir nos atletas mais "personalidade" e deu mérito ao adversário. "Tiro o chapéu a este treinador e a esta equipa. Ninguém os conhecia, mas há grandes equipas de renome que certamente não nos vão fazer correr tanto", sustentou Paulo Sérgio.

"A segunda parte também teve que ver com o valor do adversário. Forçaram a saída da bola, tiveram essa coragem. É uma equipa com muita qualidade no passe, fez-nos correr imenso", declarou, reconhecendo que "o Sporting deixou de ter a bola para jogar com a qualidade" que desejava. "Depois veio o primeiro assobio e fomos abaixo", justificou. Sobre o lance do golo do Nordsjaelland, Paulo Sérgio defendeu que a "linha defensiva devia ter baixado mais no terreno, para que o Carriço não tivesse sido surpreendido nas costas".

O treinador defendeu ainda que a sua equipa poderia ter goleado e reconheceu que tem de trabalhar mais o aspecto da eficácia na finalização. "Se um terço das ocasiões que criámos no jogo da passada semana e hoje [ontem] tivessem entrado, tínhamos goleado", defendeu. "Estamos preocupados em corrigir todas as deficiências. Temos de formar uma equipa mais eficaz, mais fria. Hoje [ontem] intranquilizámo-nos e perdemos muito a bola", declarou.

E este Sporting está preparado para o início da temporada? "Fomos sabendo responder ao longo da pré-temporada e fizemos coisas boas. Mas também tenho a consciência que há muito para fazer e para evoluir", respondeu Paulo Sérgio. "Continuo a prometer aquilo que prometi no primeiro dia: muito trabalho para dar alegria aos adeptos", acrescentou.

Sobre a não inclusão de Tonel nesta partida, desviou o assunto. "Só podiam estar 18. Porque é que perguntam pelo Tonel? Outros também ficaram de fora. Se ele vai sair não sei. É um assunto da administração da SAD", afirmou, garantindo apenas que "o grupo não está fechado".

Leões remataram três vezes mais

Os números da partida de ontem confirmam a imensa superioridade do Sporting sobre o Nordsjaelland. Os leões remataram três vezes mais do que o adversário, mostrando que grande parte das culpas do sofrimento final são da falta de acerto. Maniche, que selou o triunfo sportinguista com um golo aos 90+2', foi o futebolista em maior destaque, atirando por seis vezes à baliza contrária. Em posse de bola, a equipa de Paulo Sérgio foi também melhor, embora neste caso o domínio não tenha sido tão avassalador.

 

In www.ojogo.pt

 



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