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Gomes no Sporting. Não é esse, é o de Gijón PDF Versão para impressão Enviar por E-mail
Quinta, 12 Agosto 2010 08:17

100812_gomesA 12 de Agosto de 1980, o avançado portista assinou pela equipa espanhola, onde ficou duas épocas para marcar 12 golos em 27 jogos.

Em 1980 as temperaturas não eram tão altas nem havia tantos incêndios como em 2010, mas o termómetro pegou fogo ali para os lados das Antas, quando o presidente Américo de Sá questionou as frases inflamadas de Pinto da Costa, director do departamento de futebol, e José Maria Pedroto, treinador, contra tudo e contra todos, sobretudo na direcção dos grandes de Lisboa, que representavam o poder, sob muitos aspectos que não só futebolísticos.

A partir do momento em que Américo de Sá demite Pinto da Costa, a confusão instala-se no Porto. Segue-se a saída de Pedroto, o mestre do bicampeonato nacional em 1978 e 1979. No mês seguinte, três jogadores rescindem contrato: Oliveira encontra refúgio no Penafiel, Octávio regressa ao V. Setúbal e Gomes aventura-se no estrangeiro.

Com a espantosa marca de 149 golos em 195 jogos pelo FC Porto, o avançado ainda participa no Torneio Teresa Herrera pelos azuis-e-brancos (faz 90 minutos na derrota por 2-1 com o Real Madrid nas meias-finais e é suplente nos 4-1 ao Flamengo para o terceiro e quarto lugares do lendário torneio organizado pelo Deportivo, na Corunha) mas já não se sente portista como antigamente. Por isso, força a saída. E o Sporting Gijón paga 40 mil contos ao FC Porto pelo seu passe. De lá, Gomes comenta o Verão quente nas Antas: "Pinto da Costa e Pedroto não eram os nossos patrões nem nos pagavam os ordenados mas só eles é que estiveram connosco em todos os momentos, bons e maus."

A imprensa espanhola intitula Gomes de novo Quini, avançado espanhol do Sporting Gijón que saíra dias antes para o Barcelona, depois de ter sido o melhor marcador da Liga espanhola por três vezes, em 1974, 1976 e 1980, tal e qual o português, rei do golo em anos seguidos (1977, 1978 e 1979).

A missão de Gomes é fazer esquecer o melhor número 9 da actualidade espanhola. Na estreia, a 14 de Agosto, os jornais desportivos espanhóis dão conta de "uma péssima exibição, sem pena nem glória", com os búlgaros do Levski Sofia (3-0 para o Sporting). Uma semana depois, a 22, Gomes responde à letra com cinco golos na goleada ao Oviedo por 5-1. O pior estava para vir. No dia seguinte, com o Real Madrid (0-2), Gomes cai sozinho aos nove minutos, agarra-se à perna e é substituído. Só regressa aos relvados um mês mais tarde, já para a Liga espanhola, em Salamanca (2-2), como suplente. É, depois, titular com Valladolid (4-1) e Almería (1-1). O primeiro golo oficial chegaria a 2 de Novembro de 1980, com o Athletic Bilbao, de cabeça (1-1). Na jogada seguinte pára tudo. Tendinite para Gomes e paragem forçada.

E Gomes só voltaria à competição em Outubro de 1981, em pleno Camp Nou, casa de Quini. Essa época 1981-82 até lhe corre favoravelmente, com 23 jogos e 11 golos, geralmente marcados aos pares (quatro bis, incluindo no jogo de despedida, com o Las Palmas, a 25 de Abril de 1982), mas Gomes é infeliz em Espanha. E quer voltar a casa, sobretudo com a vitória de Pinto da Costa nas eleições presidenciais. PC vai então a Gijón resolver essa questão, a troco de 30 mil contos. O avançado paga esse esforço em golos: 198 em 260 jogos (e mais três títulos de melhor marcador nacional e duas Botas de Ouro, que o certificam como o rei da Europa) até vestir novamente a camisola de um Sporting. Este, de Lisboa.

 

In www.ionline.pt


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