Boas entradas em Alvalade. E, assim, com a primeira derrota do Benfica, por 0-1, um toque mais de emoção no Campeonato. Ou a terrível sapatada do «leão moribundo». O golo foi de Jordão, na cobrança de uma grande penalidade muito contestada. Humberto Coelho, inconsolado: «Não fiz “penalty”! O Jordão nem sequer se fez à bola, atirou-se para o chão e Rosa Santos foi na cantiga». Pietra interrogou-se: «Esse senhor Santos é que é o novo internacional da arbitragem, o substituto de Garrido? Meu querido Veiga Trigo...»

Para o Sportinguista Marinho a vitória foi fruto de orgulho ferido e algo mais:«Os jogadores do Benfica chegaram a Alvalade com um grande laçarote ao pescoço, mais parecia que iam receber um óscar, em vez de um jogo de futebol, isso foi interpretado por nós como grande gozo, espicaçou-nos e...»

O F.C. Porto não aproveitou e perdeu na Amora, por 2-1. E Pedroto, que aceitou regressar ao «banco da tortura» por se sentir «sem problemas de saúde», queixou-se do árbitro: «Vítor Correia e um dos seus fiscais de linha decidiram ter influência no resultado, deixando uma grande penalidade contra o Amora por marcar e validando um golo em nítida posição de “off-side”. No fundo, Veiga Trigo e Fernando Correia são responsáveis por termos, neste momento, menos três pontos.

E onde é que o Benfica e o Sporting foram prejudicados? Mas muito dificilmente o F.C. Porto perderá mais pontos até final do Campeonato.» Por isso, na dobragem para a segunda volta, Erikson e seus pares nem sequer deixaram Alvalade de rosto fechado, porque o Benfica dispunha da vantagem de quatro pontos em Relação ao F.C. Porto e ao Sporting.

A 2 de Janeiro de 1983

Alinharam pelo Sporting: Ferenc Meszaros (GR); Ademar Marques, Pedro Venâncio, Francisco Pinho "Kikas", Virgílio Lopes, Mário Silva "Marinho", José Lobo "Lito" (Fernando Festas 79 min), António Oliveira, Vânio Kostov (Mário Jorge Fernandes 45 min), Manuel Fernandes (Capitão), Rui Jordão.
Treinador: António Oliveira
Golo: Rui Jordão 50 min

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