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Sporting bate Benfica e conquista Taça da Liberdade PDF Versão para impressão Enviar por E-mail
Terça, 25 Novembro 2008 20:08

Sporting 73/74O Sporting deixou o antigo regime como campeão e reapareceu vencedor da primeira Taça de Portugal em democracia. O clima de paz estendeu-se aos presidentes dos rivais.
Depois de o Movimento das Forças Armadas, a 25 de Abril de 1974, ter derrubado a ditadura, os derbies voltaram às primeiras páginas em plena liberdade. O Sporting deixou campeão nacional o antigo regime e reapareceu vencedor da Taça de Portugal na democracia conquistada sem sangue. Um clima de paz que se estendeu aos presidentes dos clubes rivais, João Rocha e Borges Coutinho, até então de costas voltadas. A promoção do abraço público foi do Presidente da República, António Spínola, representado no Estádio Nacional pelo primeiro-ministro Palma Carlos, que assistiu ao encontro da tribuna de honra.


À reconciliação nas bancadas sucedeu, contudo, a dormência dentro de campo. A final foi insossa, faltou-lhe o tempero de outras decisões, apesar dos três golos marcados que sempre trazem a festa para o terreno. Foi tão fraco este desafio, que Alfredo Farinha, em A Bola, era o espelho da prostração: «Foi, francamente, uma pobreza franciscana, uma tristeza, uma autêntica miséria, um espectáculo indigno das duas equipas, uma coisa (já nem sabemos que mais chamar-lhe) totalmente imprópria de uma final.»

Os 1000 contos que terão sido divididos pelos jogadores do Sporting estiveram para não sair do cofre, depois de o intervalo colocar o Benfica na frente do marcador. Uma jogada destinada ao sucesso: aos 33 minutos, Toni isolou Jordão e quando Damas se fez ao lance, outro encarnado, Nené, estava já na grande área, pronto a receber o toque de Jordão e a colocá-lo no fundo da baliza leonina. Só a um minuto do fim do tempo regulamentar o Sporting recuperou a igualdade, por Chico, que cabeceou certeiro à baliza de Bento. A vitória surgiria de um erro da defesa encarnada. Artur mediu mal as distâncias, serviu Chico e quando parecia que ia rematar ofereceu o golo a Marinho.

No final, Palma Carlos era um primeiro-ministro visivelmente satisfeito. Sportinguista confesso recebeu das mãos do presidente do seu clube, João Rocha, a medalha que lhe coubera enquanto finalista da Taça de Portugal.

Ficha de jogo


Época 1973/74
Taça de Portugal - Final (a.p.)
9 de Junho de 1974
Estádio Nacional


Árbitro: César Correia (Faro)


Sporting 2
Damas; Manaca, Bastos, Alhinho e Baltasar; Paulo Rocha (Chico, 73), Vagner (Dani, 105) e Nélson; Marinho, Dé e Dinis
Treinador: Mário Lino


Benfica 1
Bento; Artur, Humberto, Rui Rodrigues (Adolfo, 67) e Barros; Vítor Martins, Toni (Eusébio, 45) e Simões (cap.); Nené, Jordão e Vítor Baptista
Treinador: Fernando Cabrita


Marcadores: 0-1, Nené (33); 1-1, Chico (89); 2-1, Marinho (107)

 

In maisfutebol.iol.pt


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