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Taça UEFA: Sporting-Glasgow Rangers, 0-2 PDF Versão para impressão Enviar por E-mail
Quinta, 10 Abril 2008 23:23

080410_rangersLeões afastados da Taça UEFA

Um golo de Darcheville, aos 60 minutos, acabou com o sonho do Sporting de chegar à final da Taça UEFA. O golpe foi duro, sobretudo por ter ditado a eliminação, mas também por ter surgido no melhor momento da equipa portuguesa.

O Rangers deixou uma imagem bem mais agradável do que aquela que tinha dado na Escócia, mas ainda assim a exibição do Sporting foi em recta ascendente...até ao golo.



Depois ainda veio um segundo tento, já em período de descontos, mas foi o primeiro momento de festa escocesa que trouxe a machadada final.

Sporting em percurso ascendente

Quatro golos nas últimas cinco partidas do Sporting não chegaram a Yannick Djaló para garantir a titularidade. Paulo Bento optou por colocar Simon Vukcevic ao lado de Liedson, com Moutinho, Izmailov e Romagnoli à frente de Miguel Veloso.

Gladstone, como se esperava, ocupou a vaga do lesionado Polga, e logo aos quatro minutos teve um pequeno deslize, com a bola a sobrar para Darcheville à entrada da área, valendo a «mancha» de Rui Patrício.

Seria de esperar uma entrada forte do Sporting, mas o Rangers apareceu em Alvalade com um futebol bem mais agradável do que tinha exibido em Glasgow. Com boa circulação de bola, assente no esquema de 4x2x3x1, os escoceses dividiram as despesas do jogo com a equipa portuguesa.

Aos poucos o Sporting foi assumindo a condição de anfitrião e aos 17 minutos criou a principal oportunidade de golo da etapa inicial, com Liedson a cabecear ao poste na sequência de um livre de Romangoli.

Estava dado o mote para o crescimento leonino. A equipa de Paulo Bento passou a mandar mais no jogo mas o golo parecia ainda distante, dado que a boa organização defensiva do Rangers deixava pouco espaço para a habitual criatividade do último terço do Sporting. Faltava velocidade nas transições, porventura à semelhança do que aconteceu à beira do intervalo, com um remate de João Moutinho que passa bem perto do poste, numa jogada que começa numa reposição rápida de Rui Patrício.

Um duro golpe no melhor período

Se a primeira parte do Sporting foi em sentido ascendente, então é justo dizer que a equipa leonina iniciou a segunda parte pegando no ponto em que tinha deixado o jogo, por altura do descanso. O conjunto verde-e-branco empurrou o Rangers mais para junto da sua baliza e aos 54 minutos esteve novamente perto do golo, com um cabeceamento de Vukcevic que passou a centímetros do alvo.

O golo do Sporting parecia próximo, mas a festa foi feita do lado contrário. Jogada rápida de contra-ataque, aproveitando um desentendimento entre Veloso e Gladstone, com Davis a cruzar para o coração da área, onde surgiu Darcheville a empurrar para o fundo da baliza.

O Sporting precisava agora de marcar dois golos e Paulo Bento tentou recuperar o tempo perdido: Yannick Djaló entrava 62 minutos mais tarde do que devia ter acontecido, ocupando a vaga de Izmailov.

Aos 76 minutos o jovem internacional sub-21 português recebeu um passe de Romagnoli dentro da área, mas falhou por pouco o alvo. Pouco depois foi Tonel, na sequência de um livre, a tirar tinta ao poste com um cabeceamento.

A dois minutos do fim, e novamente no contra-golpe, o Rangers até podia ter feito o segundo, mas o substituto Cousin atirou às malhas laterais, com a bola ainda a tocar em Patrício.

Não foi ao minuto 88, foi em período de descontos. Whittaker, mais uma vez numa transição rápida para o ataque, surgiu sozinho na cara do guarda-redes do Sporting e fez o segundo.

A primeira vitória escocesa no reduto do Sporting ditou o adeus português às provas europeias 2007/08.

Ficha do Jogo:

ESTÁDIO: José Alvalade (Lisboa)  •  ESPECTADORES: Cerca de 31.155
DATA: 10 de Abril de 2008  •  HORAS: 19h45
ÁRBITRO: Konrad Plautz (Áustria)
AUXILIARES: Egon Bereuter e Markus Mayr  •  4.º ÁRBITRO: Bernhard Brugger

Constituição da Equipa do SPORTING:
Rui Patrício (GR); Abel Ferreira, António Sousa "Tonel", Gladstone Valentina (Bruno Pereirinha 70 min), Leandro Grimi (Rodrigo "Tiuí" 76 min); Miguel Veloso, João Moutinho (Capitão), Marat Izmailov (Yannick Djaló 62 min), Leandro Romagnoli; Simon Vukcevic e Liedson Muniz.
Treinador: Paulo Bento

destaques

Miguel Veloso
Durante a primeira parte, foi o jogador mais activo, de um meio-campo que se mostrou muito apático. O trinco foi o único elemento do losango a fazer a diferença. Recuperou jogo, passou a bola, desmarcou. O jovem leão fez o que lhe competia, mas não teve grande colaboração do trio ¿ Moutinho, Romagnoli e Izmailov - que o acompanhou na ajuda aos dois jogadores mais avançados. Tentou o seu remate de longe e fez um passe para Moutinho, que quase resultou em golo, aos 41 minutos. Na segunda parte voltou a oferecer oportunidades de golo aos companheiros. No entanto, o lance do golo de Darcheville acabou por «manchar-lhe» a exibição, já que resultou de um desentendimento entre o «24» leonino e Gladstone.

Abel
Apesar de McCulloch e Darcheville lhe terem dado trabalho, o lateral-direito, ao contrário de Grimi, não abdicou de atacar. O camisola 78 subiu, muitas vezes, no terreno. O defesa fez uma exibição globalmente positiva. Lutou, trabalhou, tentou.

Vukcevic
O camisola 10 voltou a mostrar a raça que lhe é característica, mas sem a influência de outros jogos, já que esteve muito desamparado no sector mais adiantado. Aos 44 minutos rematou de pé esquerdo. Um grande remate do montenegrino, que quase marcou de cabeça, aos 54 minutos, depois de Miguel Veloso bater um livre. O jogador leonino nunca desistiu de marcar.

Liedson
Atirou ao poste, aos 18 minutos. Mas a sua acção não se resumiu a um lance de perigo. Cedo percebeu que não teria grande apoio do meio-campo, pelo que acabou por recuar e ganhar bolas para tentar marcar ou dar a marcar. Teve boas iniciativas. No entanto, isso não bastou. O «Levezinho» acabou por esbarrar contra a fortaleza escocesa.

Gladstone
Não fez esquecer Anderson Polga. O defesa teve grandes dificuldades para travar os homens mais adiantados do Glasgow Rangers. Darcheville, por exemplo, «fez-lhe a vida negra». Durante a primeira parte valeu-lhe a ajuda de Tonel, que tentou socorrê-lo em todas as situações de sufoco. Aos 60 minutos, Gladstone não teve reacção, acabando por desentender-se com Miguel Veloso. A bola sobrou para Darcheville. Uma falha que terminou em golo para os visitantes.

Darcheville
Rápido e perigoso. O avançado é mais um daqueles exemplos de que a idade pode resumir-se a números. Tem 32 anos, mas uma velocidade e resistência física invejáveis. É muito difícil de controlar no 1x1, que o digam os defesas leoninos, especialmente, Gladstone, que perdeu, claramente, o duelo com Darcheville. O jogador do Glasgow aproveitou bem um desentendimento entre o central e Miguel Veloso e garantiu a passagem às meias-finais da Taça UEFA.

Walter Smith: «Tivemos a sorte do jogo, mas foi merecido»

O treinador do Glasgow Rangers, Walter Smith, após a vitória (2-0) em Alvalade, que ditou a eliminação do Sporting da Taça UEFA.

«Não concordo que Sporting tenha entrado com apatia, acho que foi o Glasgow que jogou muito bem. Não percebo essa questão, não houve qualquer apatia durante o jogo.
Acho que jogámos muito bem esta noite, desde o início do jogo. Tivemos a posse de bola, e estivemos melhor nesse aspecto do que nos encontros anteriores. Fomos mais eficazes e marcámos dois golos.»

«Os golos foram muito bons, foram duas ocasiões bem aproveitadas. É verdade que tivemos a sorte do jogo, mas foi merecido. O Sporting teve as suas oportunidades e o Rangers marcou nas que teve.

Agora segue-se a Fiorentina
«Não conheço bem a Fiorentina, mas terei oportunidade para conhecer melhor depois de ver o jogo desta noite. Grande alegria para nós passar às meias-finais, independentemente do adversário.»

Vukcevic: «Não merecem ir às meias-finais... Sinto-me muito infeliz»
Montenegrino diz que o Sporting foi melhor mas faltou marcar

Vukcevic, jogador do Sporting, após a derrota frente ao Glasgow Rangers, jogo da segunda mão dos quartos-de-final da Taça UEFA (0-2):

«Ainda não acredito que não vencemos este jogo, porque acho que jogámos melhor e criámos oportunidades. Posso dizer que não merecem ir para as meias-finais, depois deste jogo. Conseguiram dois golos em três remates, foram muito felizes. Tiveram muita sorte.

[Erro defensivo sentenciou o jogo?] Não sei o que dizer, porque me sinto muito infeliz. Defesa ou avançados, tanto faz. Somos todos iguais e pertencemos todos à mesma equipa. Se perdemos, perdemos juntos. Se ganhamos, é igual. Acontece. O futebol é assim. É a vida. Jogámos bem e criámos chances, mas não marcámos, o que é mais importante no futebol. Não sei o que falhou. Faltou o golo

 

In maisfutebol.iol.pt

 



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