 Liedson está a atravessar um mau momento, como o próprio assegurou ontem, em entrevista concedida à RTP, pelo que Paulo Sérgio deverá, ao que tudo indica, manter o goleador luso-brasileiro sentado no banco dos suplentes no desafio de amanhã, em Aveiro, frente ao Beira-Mar. É que o técnico leonino, ciente de que, no seio do plantel, dispõe de avançados em melhor forma, alimentada por índices de confiança superiores - como é o caso de Hélder Postiga -, tem optado por resguardar o 31, de modo a que este surja em grande e de volta aos golos, facto que deverá ter continuidade no duelo da 7ª jornada da Liga ZON Sagres. De resto, duas figuras míticas do ataque do emblema verde e branco, Paulinho Cascavel e Iordanov, a O JOGO, dizem compreender a decisão de Paulo Sérgio, lembrando, por experiência própria, que a fase negativa é... passageira.
Já Liedson, que se sente "estranho" por não ser titular e "triste" pela ausência de golos, entende Paulo Sérgio e considera "justo" que jogue um colega em melhor "momento ou forma". "Ficar no banco de suplentes é uma situação estranha, infelizmente chegámos a esse ponto, mas reconheço que não estou a atravessar uma grande fase, como acontece com todos os grandes jogadores. É normal, depois de tantos golos e do que conquistei em termos individuais, essa quebra de rendimento, mas estou tranquilo e a trabalhar. Claro que isso [ficar de fora] me incomoda, mas só posso dar a volta por cima. Com trabalho, o Liedson a que todos se habituaram, a festejar golos com os adeptos, vai estar de volta. Queremos sempre jogar, um jogador nunca entende quando está bem ou mal. Reconheço que não estou num bom momento, por isso nada mais justo do que colocar outro companheiro que esteja em melhor fase para que ele possa ajudar a equipa. O principal objectivo é ajudar o grupo, seja a jogar ou de fora. O meu trabalho é esse. Queria estar a jogar, mas há companheiros a atravessar melhor momento que eu; nada melhor e mais justo que joguem", sublinhou.
O problema para o 31 é mesmo a "falta de golos", pois fisicamente diz que está "bem". Daí a "tristeza", que resulta também da autocrítica. "Mesmo que marque quatro golos em cinco oportunidades, fico chateado por falhar um", revelou, ainda sem saber quando regressa à titularidade, apesar do "optimismo" que sobressai quando olha para o próximo jogo. "Espero acabar com esta maré ruim e voltar rápido aos golos", atirou.
"A distância é longa e há muito caminho pela frente"
São 10 os pontos de atraso para o líder FC Porto, mas Liedson não desiste de "dar o título de campeão nacional" aos adeptos. "Tivemos um mau início de época, empatámos muitos jogos, e o FC Porto está numa fase excelente. Temos de dar a volta à situação. Ainda há tempo, a distância é longa, e ainda há muito caminho pela frente. Não dependemos de nós, mas sim dos adversários. É preciso que o grupo se concentre nos seus jogos", afirmou, reconhecendo que a insatisfação dos adeptos é perturbadora. "Ninguém gosta de ser assobiado no final dos jogos, os adeptos tiveram a sua razão para protestar. Cabe a nós [jogadores] termos a tranquilidade e concentração para dar a volta à situação", asseverou.
In ojogo.pt
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