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Sporting-Benfica, 1-1: E tudo ficou como antes... PDF Versão para impressão Enviar por E-mail
Domingo, 02 Março 2008 23:39
080302sporting_benficaO derby acabou empatado. Deixou tudo na mesma na luta pelo segundo lugar e pelo acesso à Liga dos Campeões. O resultado acaba por ajustar-se, apesar de o Benfica ter dado a entender, em alguns momentos, que tinha tudo sob controlo. Pelo menos até à expulsão de Nélson. Algo exagerada.

Estranha letargia. Vukcevic esticara-se todo, na passada, para chegar primeiro que Edcarlos e Katsouranis e surpreender Quim. O arranque de Moutinho, escassos segundos antes, deslocara Tiuí para a esquerda e o brasileiro acertara o cruzamento para cair pouco para lá do primeiro poste. Inofensivo. Pelo menos foi o que pensaram os dois centrais do Benfica, demasiado crentes perante um rival de alto risco como o montenegrino-goleador. O guarda-redes ainda tocou na bola durante o voo possível, aquele que o curto tempo de reflexos lhe permitiu ter. Nada a fazer. O Sporting entrava a ganhar, aos 11 minutos.


Os encarnados pareciam tranquilos. Como se o golo estivesse no programa, como se fosse algo que todos esperassem e contra o qual o antídoto já era conhecido antes de acontecer. A bola voltou ao meio, e o jogo recomeçou como se estivesse 0-0. O meio-campo do Benfica trocava a bola com maior ou menor dificuldade, com mais ou menos passes errados. Subitamente, o filão entre Nélson e Edcarlos esgotou-se, com o central brasileiro a acertar com a movimentação do montenegrino e Rodríguez, agora à direita, a ajudar Nélson mais que Di María. Os leões apenas a espaços iam chegando perto de Quim.

O empate, claro!

Quinze minutos depois do golo dos homens de Paulo Bento, o Benfica continuava calmamente a fazer o seu jogo. Com Rui Costa mais presente, e as alas invertidas - Di María começou na direita e Rodríguez no outro lado - os encarnados ganhavam confiança com a passagem do tempo e até ao final dos primeiros 45 minutos tiveram a partida sob controlo. Patrício fez a primeira grande defesa a remate de Rui Costa (27), Rodríguez faz a bola passar a centímetros do poste esquerdo (35) e, por fim, aquele pé direito fantástico do «dez», num canto, faz a bola encontrar Cardozo livre de Tonel para o primeiro golo de cabeça do paraguaio na Liga. O Benfica empatava com naturalidade, sem ter feito grande pressão, como se também estivesse previsto.

A segunda parte começou como se fosse o início do encontro. Com o Sporting de novo em cima do rival e a fazer tábua rasa do 1-1 e do que tinha acontecido antes do apito para o intervalo. A dupla Edcarlos e Katsouranis era obrigada a cortes em esforço, Binya e até Cardozo foram vistos a ajudar lá atrás. O grego viu mesmo um amarelo bem cedo, aos 53, depois de Edcarlos lhe ter imposto o derrube a Moutinho por não ter querido ir ao choque com o capitão. A pressão acentuou-se e os protestos subiram de tom quando Vukcevic caiu na área, depois de o mesmo Léo que o derrubou ter sido derrubado junto à linha lateral, criando o tal desequilíbrio na defesa do Benfica (60). Paraty mandou seguir das duas vezes. Mal das duas.

A crucificação de Nélson

Poucos minutos depois de começar a aquecer, Makukula regressou ao banco, dando indícios de que não estava bem. Mantorras e Adu eram as opções que restavam. Mas foi Paulo Bento, a vinte minutos do fim, com Izmailov apagado e um ataque algo desgarrado, o primeiro a mudar. Saiu o russo, entrou Celsinho. Pelo meio, Quim negou o golo a Tiuí (70) e o Benfica voltou a assenhorar-se do meio-campo dos leões. Camacho também não esperou mais. Lançou Sepsi para o lugar de Di María. No entanto, pouco depois, Nélson foi expulso - mais aparato que intenção - e Maxi teve de fazer o lugar.

Bento acabou para fazer o mesmo do outro lado, mas com vantagem numérica. Pereirinha recuou, Abel saiu para aumentar o poder de fogo com Purovic. Adivinhava-se o chuveirinho e Quim ia finalmente suar. A emoção ia durar até ao último segundo. Mas tudo ficou como antes. Ou quase. Já que o golo de Cardozo dá vantagem no confronto directo.


Ficha do Jogo:

Rui Patrício (GR); Abel Ferreira (Milan Purovic 78 min), António Sousa "Tonel", Anderson Polga, Leandro Grimi; Miguel Veloso, Bruno Pereirinha, Marat Izmailov (Celso Júnior "Celsinho" 70 min), João Moutinho (Capitão); Rodrigo "Tiuí" e Simon Vukcevic.
Treinador: Paulo Bento
Golo: Simon Vukcevic 11 min    

Moutinho para todo o serviço, Vukcevic voltou a ser determinante

João Moutinho
Grande exibição do capitão leonino que, quando joga a «10» e está inspirado, consegue «agigantar-se». O «miúdo», que há muito mostra ter a maturidade de um jogador experiente, fez o seu sétimo derby, jogando e fazendo jogar. Recuperou, lançou e até quase marcou... de cabeça, aos 22 minutos. Tanto o vimos no centro como numa das alas. Moutinho conseguiu percorrer o campo em toda a sua largura, mostrando-se sempre combativo e decidido na hora de lutar pela bola.

Vukcevic
O montenegrino regressou de lesão e voltou a ser um jogador determinante no Sporting. O camisola 10 inaugurou o marcador, logo aos dez minutos, depois de um bom cruzamento de Tiuí. O jogador dos leões é lutador e mostra raça e conseguiu, durante largos minutos, combinar muito bem, na esquerda, com Grimi e Izmailov. Até aos 25 minutos, o lado esquerdo leonino esteve «imparável» e criou várias situações de perigo. Aos 26 minutos, Simon caiu, na sequência de um lance com Nélson, e apresentou queixas no ombro direito, o mesmo que o afastou dos relvados desde o encontro, da primeira mão dos 16 avos da Taça UEFA, frente ao Basileia (13 de Fevereiro). Desde aí o jogador apresentou maiores cautelas, até porque as queixas mantiveram-se. Ainda assim, muitas vezes, a sua vontade sobrepôs-se às dores e, durante a segunda parte, voltou a incomodar a defesa encarnada.

Grimi
Durante os primeiros 25 minutos acabou por ter as suas tarefas defensivas facilitadas pelo facto de ter pela frente Di María, que se mostrou muito trapalhão e pouco inspirado. Por isso, pôde formar com Izmailov e Vukcevic uma «tripla» de respeito. Houve boas combinações e jogadas de perigo. Teve de apresentar maiores cautelas perante Rodríguez, mas continuou a fazer uma exibição segura, subindo sempre que pôde. O lateral-esquerdo fez uma boa prestação na sua estreia em derbies frente ao Benfica.

Izmailov
O russo entrou muito bem no seu primeiro derby. No início do jogo fez «o que quis» de Di María e de Nélson, subindo, pela esquerda, sem grande oposição dos adversários. Só abrandou quando Camacho colocou Rodríguez na direita. Aí o «7» sportinguista já não teve tantos espaços, mas continuou a recuperar bolas e a lançar o ataque. Baixou de produção na segunda parte e foi substituído aos 70 minutos.

Tiuí
Fez uma boa exibição. O seu cruzamento para o golo de Vukcevic foi muito bem medido. Tendo em conta prestações anteriores, pode dizer-se que o brasileiro «surpreendeu» pela positiva. Movimentou-se bem na área e tentou levar os adversários atrás. Não desistiu das jogadas e procurou marcar e dar a marcar. Ficou-se pela assistência, pode ser que da próxima vez vá mais longe.

In maisfutebol.iol.pt

 



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