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Acabou 5-1 para o Sporting. E o FC Porto foi para o último lugar PDF Versão para impressão Enviar por E-mail
Quarta, 24 Novembro 2010 10:07

101124_porto_0000231911Em Setembro de 1954, à terceira jornada do campeonato, uma goleada dos leões no Jamor relegou os portistas para o 14.º lugar, com um ponto

 

"No estádio do Jamor, cuja relva se apresentava cortada em faixas longitudinais, dando um belo aspecto e oferecendo ao espectador um convite mudo mas insistente a dar uns pontapés na bola, cerca de 30 mil pessoas assistiram a um espectáculo triste, não obstante a beleza da tarde outonal, em que a orquestra sportinguista executou, em todos os tons, a marcha fúnebre que acompanhou à última morada uma grande equipa, o FC Porto. Dir-se-ia, de facto, que aquilo esteve longe de ser uma luta desportiva, porque não houve luta, mas sim uma missa de requiem por alma de um conjunto cujas tradições estão gravadas indelevelmente no historial desportivo português. É lamentável, mas a verdade obriga a dizer e a contar o encadeamento dos factos, tais quais eles decorreram, lenta e cruelmente, para onze dos jogadores em campo e - é curioso acentuar - para todos os espectadores, especialmente para a maioria deles, a puxar pelos leões."

É assim que o "Jornal de Notícias", do Porto, abre a crónica de jogo do Sporting-FC Porto de 26 de Setembro de 1954. A orquestra do Sporting foi executada por Carlos Gomes, Caldeira, Pacheco, Janos, Passos, Juca, Galileu, Vasques, Martins, Travaços e Albano, que, ao longo dos 90 minutos, "correram muito mais" do que os portistas, que interpretaram a marcha fúnebre, através de intérpretes da craveira de Barrigana, Virgílio, Osvaldo, Porcel, Sarmento, Eleutério, Carlos Duarte, Hernâni, Teixeira, José Maria e Carlos Vieira. No apito, Curinha de Sousa, de Portalegre, de quem ninguém apontou um defeito que fosse.

Com a relva cortada em faixas longitudinais, o Sporting cedo demonstrou ao que ia, com golos de Galileu (que não o Galilei) e Martins, aos oito e aos 32 minutos. Na segunda parte, outro festival de "ataque ao primeiro toque" e "desnorte do FC Porto", só salvado pelo pontapé de Teixeira (67'') numa jogada de insistência de Virgílio, o Leão de Génova, assim alcunhado pela imprensa italiana pelo seu espírito combativo e never--say-die após um particular entre Itália e Portugal. Mas o FC Porto só jogou com um leão, o Sporting com 11. Um hat trick de Vasques (60'', 65'' e 82'') avolumou o triunfo categórico dos verde-e-brancos, que já sonhavam com o pentacampeonato, decidido na última ronda mas a favor do arqui-rival Benfica numa final de cortar a respiração, porque o Belenenses já festejava o seu segundo título nacional quando Martins (Sporting) fez o 2-2 nas Salésias. Por essa altura, o FC Porto andava tranquilo, no quarto lugar, afastado que estava o espectro da descida de divisão que pairou nas Antas com aqueles 5-1 no Jamor. Nessa tarde, à terceira jornada, o FC Porto subiu o país de comboio mas desceu ao último lugar, empatado com o Sp. Covilhã, ambos com um só ponto.

 

In ionline.pt


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