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Carlos Lopes: O último grande fundista branco PDF Versão para impressão Enviar por E-mail
Sábado, 12 Janeiro 2008 15:17

760326_carlos_lopesATLETISMO (OURO E PRATA) - MONTREAL'1976 E LOS ANGELES'1984

 

Primeiro campeão olímpico da história do desporto português, Carlos Lopes foi, ao mesmo tempo, o último grande fundista branco no atletismo mundial. Depois dele, quenianos e etíopes dominaram por completo. Mas o atleta que ao longo de 19 anos representou o Sporting foi, também, o mais completo fundista de sempre, até ao aparecimento de Paul Tergat.


 

Foi três vezes campeão mundial de corta-mato (e mais duas vezes vice-campeão); na pista, foi vice-campeão olímpico e chegou a recordista europeu de 10000 metros (depois e antes de Fernando Mamede), chegando a possuir o segundo tempo mundial na distância; e, na estrada, foi campeão olímpico da maratona (em Los Angeles’1984) e, um ano depois, recordista mundial.

Meses depois do (surpreendente) primeiro título mundial de corta-mato, em 1976, Carlos Lopes ganhava a medalha de prata olímpica nos 10000 m, apenas batido pelo finlandês Lasse Viren. Ausente dos Jogos de Moscovo’1980 por lesão, esteve nos de Los Angeles, em 1984, e de lá regressou com a medalha de ouro na maratona.

 

“Qual o adversário que mais temo? A distância, os 42.195 metros”, afirmava ele antes da prova. Apesar do calor que se fazia sentir, a prova foi bastante rápida. Carlos Lopes manteve-se sempre na defensiva, vendo os grandes favoritos (Alberto Salazar, Robert de Castella, Toshohiko Seko) “caírem” um após outro. E, aos 38 km de prova, foi a vez de, finalmente, atacar. Isolou-se e ainda ganhou 35 segundos ao irlandês John Treacy, segundo classificado, entrando no estádio a denotar invulgar frescura. “Como foi a maratona? Foram os 42 quilómetros e picos do costume...”, afirmou então.


Curiosidades


• Numa carreira longa de 21 anos, iniciada em 1965, só 11 anos depois (aos 29) chegou a primeiro plano mundial.

• Quando se apresentou à partida para a maratona olímpica de Los Angeles, ainda só completara uma maratona. Desistira na estreia, 2 anos antes, em Nova Iorque, e em Roterdão, no mês de Abril desse ano de 1984.

• Na primeira maratona que concluiu, bateu o recorde da Europa, ao ser segundo em Roterdão, em Abril de 1983, com 2.08.39. Regressou a Roterdão 2 anos depois para bater o recorde do Mundo, com 2.07.12.

• A 16 dias da maratona olímpica, quando ainda se podia treinar na Segunda Circular, em Lisboa, foi atropelado, embora sem consequências de maior, a não ser uma ferida no cotovelo, outra na perna e... um grande susto.

• Tornou-se, aos 37 anos, o mais velho dos campeões olímpicos da maratona. Ainda prosseguiu a carreira até às vésperas de completar 40 anos. Já com a camisola do Imortal de Albufeira, ganhou as duas últimas provas da carreira, a S. Silvestre da Amadora de 1986 e o Grande Prémio dos Reis, em Faro, três dias depois.

• 24 anos depois, o recorde olímpico (2.09.21) continua seu!

 

In record.pt

 


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