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Armando Marques: O português de ferro PDF Versão para impressão Enviar por E-mail
Sábado, 12 Janeiro 2008 15:23

080112_armando_marques_TiroTIRO (PRATA) - MONTREAL'1976

 

Foi dos últimos a conseguir os mínimos para Montreal'76 e foi o primeiro a conquistar uma medalha, a de prata, nesses Jogos, no fosso olímpico. Armando Marques, filho de um apaixonado pela caça, desde muito cedo começou por dar uns tiros, tinha, então, 9 anos. Mais tarde, quando cumpria o serviço militar, assistiu a um torneio de tiro e após experimentar, começou a ganhar as suas primeiras provas. Nunca mais parou e foi construindo uma bela carreira, sendo um dos melhores atiradores portugueses de sempre.


 

Depois de representar vários clubes, chegou, finalmente, ao Sporting, onde conquistou vários títulos nacionais com armas de caça em fosso olímpico, skett, fosso universal, percurso de caça, tiro ao voo, trapp e trapp olímpico.

 

Nascido em Algés, a 1 de Maio de 1937, Armando Marques teve o seu baptismo olímpico nos Jogos de Tóquio, onde foi 18.º classificado entre 33 concorrentes e viria a marcar nova presença olímpica nos Jogos de Munique, onde também não brilhou, acabando na 19.ª posição.

A grande proeza deste atirador, que também se notabilizou como praticante de natação e de pólo aquático, viria a ter lugar nos Jogos de Montreal, onde conquistou a medalha de prata no desempate com o representante italiano, ficando a apenas 1 ponto da medalha de ouro.

Por motivos burocráticos, o processo de selecção para Montreal foi feito demasiado tarde, mas Armando Marques estava forte e determinado. "Ganhar a medalha de prata não foi surpresa. Já conhecia o ambiente e sabia ao que ia", disse o atirador português que teve várias distinções: Medalha de Mérito Desportivo, Medalha de Mérito do COP, Ordem de Cavaleiro e Medalha Nobre Guedes.

 

Num dos campos que Armando Marques descreveu como "mais complicados" registaram-se as médias mais baixas de sempre nos Jogos, desde 1956. O norte-americano Donald Haldeman fez 190 pontos. Marques teve de disputar uma finalíssima com o italiano Ubaldesco Baldi e no desempate faz 25 tiros em 25. "Normalmente quando sou chamado a uma situação destas, tenho um sangue-frio que me permite quase sempre ganhar", refere Marques. O atirador italiano diz que "o português é de ferro, não abala".

 

No ano seguinte à medalha de prata olímpica, Armando Marques é vice-campeão mundial, apesar de continuar a treinar pouco.

Com 70 anos, continua um praticante activo e em 2006 sagrou-se campeão do Mundo e da Europa de Fosso Universal, na categoria de superveteranos.

 

Curiosidades


• No auge da sua carreira, Marques nunca teve tempo para treinar muito, pois era gerente de uma casa de pneus.

• O tiro não era uma modalidade prioritária em 1976, segundo directrizes da Direcção-Geral dos Desportos.

• O presidente federativo, Carlos Cruz, conseguiu a integração de Armando Marques na comitiva para Montreal quase “em cima do joelho”.

• Os atiradores norte-americanos e italianos viajaram para Montreal com 2 meses de antecedência para preparem os Jogos.

• O chefe-de-missão em Montreal, Luís Caldas, mandou comprar duas garrafas de vinho do Porto para comemorar a medalha de prata de Armando Marques.

• Na preparação para Montreal'76 foi o próprio Armando Marques que pagou as despesas com os cartuchos e com os pratos utilizados nos treinos.

 

In record.pt

 

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