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Jorge Jesus. O primeiro e último dérbi pelo Sporting PDF Versão para impressão Enviar por E-mail
Terça, 28 Dezembro 2010 21:19

101228_jorge_jesusFaz hoje 35 anos que o actual treinador do Benfica participou no jogo mais bizarro da sua história: entrou aos 28' e saiu aos 80'

 

Dezembro. Ora aí está a data mais propícia para falar de Jesus. Por isso, nada melhor que evocar o 28 de Dezembro... Sim, sim, 28 de Dezembro, ou julgavam que estávamos a escrever sobre outra data qualquer?

Há 35 anos, em 1975, nesse tal dia 28, realizou-se o dérbi Benfica-Sporting, na Luz, para a 14ª jornada do campeonato nacional. O resultado foi o menos aliciante de todos (0-0) e este jogo podia perder-se no tempo, como muitos outros que não passaram à história por este ou aquele motivo. Podia... mas o i não vai deixar que isso aconteça.
O excesso de curiosidades impede-o. Sobretudo se tivermos em conta que não havia um nulo entre Benfica e Sporting há 17 jogos, desde 1969, e que o leão Da Costa falhou uma grande penalidade, aos 30 minutos. Mas isto são peanuts.

Na altura em que Da Costa marcou o penálti, já Sporting e Benfica haviam feito uma substituição cada, com as saídas de Malta da Silva - naquela tarde a defesa-direito, empurrando Artur Correia para a esquerda - e Manuel Fernandes. E um tal Jesus entrou para o lugar do Manel, aos 28' (bem dissémos que este número era importante).

Exactamente, é mesmo assim como está a ler, o actual treinador do Benfica já jogou um dérbi, e fê-lo com a camisola do Sporting, há precisamente 35 anos. Como não há bela sem senão, Jorge Jesus saiu antes do fim.

E é aí que reside a curiosidade-mor daquela tarde: no seu único dérbi, JJ entrou (para substituir o lesionado Manuel Fernandes) e saiu (substituído por Baltasar). Ao todo, foram 52 minutos em campo, que ainda lhe garantiram elogios dos jornais desportivos de então.

De 0 a 5, o "Record" deu-lhe nota 3: "Foi de uma utilidade total. Não quebrou o ritmo da equipa e saiu esgotado pelo esforço positivo dispendido". Também "A Bola" elogiou Jesus, com nota 5, no máximo de 10. "Quando entrou, o Sporting continuou a jogar como se nada tivesse acontecido."

Nessa tarde, sem qualquer cartão exibido pelo árbitro César Correia, de Faro (outra "excentricidade"), o Sporting apagou a Luz e disso se aproveitou o Boavistão de José Maria Pedroto para se assumir como líder da liga na passagem de ano para 1976, com o 9-0 à CUF.

No final do campeonato, as contas foram outras, com o Benfica de Mário Wilson a sagrar-se campeão nacional e o Sporting de Juca a fazer a pior campanha de sempre no campeonato, com o quinto lugar que o atirou para fora das competições europeias. E Jesus, um médio mais em jeito que em força, não se impôs naquele tridente do meio-campo (Fraguito, Nélson e Valter), o que motivou a transferência para o Belenenses.

Dos 12 jogos efectuados de leão ao peito, só um foi a titular, precisamente na sua estreia oficial, em Alvalade, com o Beira-Mar (2-0), resolvido com dois autogolos. De resto, 11 presenças como suplente, uma deles a dar golo, à Académica, em Coimbra. Precisamente a cidade que viu Virgolino Jesus, pai de Jorge, lesionar-se na perna direita em Abril de 1945 e nunca mais representar o Sporting. Virgolino esse que marcou na estreia pelo Sporting dos Cinco Violinos (4-3 ao Atlético, na Tapadinha) e jogou dois dérbis com o Benfica numa época em que não havia cá substituições.
In ionline.pt

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