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Primárias no Sporting. Barões-1, Braz da Silva-0 PDF Versão para impressão Enviar por E-mail
Sexta, 11 Fevereiro 2011 10:17

110211_braz_silvaO sr. 100 milhões recua. "Deve haver petróleo em Alvalade para as pessoas quererem continuar agarradas ao poder", disse o empresário ao i

 

"The times they are a-changin''." A frase ficou imortalizada pela voz de Bob Dylan, mas não conhece eco em Alvalade no século XXI. José Roquette chegou à presidência do clube (fundado pelo seu avô) em 1996, sucedendo a Pedro Santana Lopes, o primeiro líder a implementar o chamado "Projecto Roquette". A partir daí todos os líderes do clube - Dias da Cunha, Soares Franco e José Eduardo Bettencourt - têm seguido o discurso da continuidade, de um projecto que não trouxe o saneamento financeiro nem os prometidos títulos de dois em dois anos.


Fast forward para Fevereiro de 2011. Bettencourt está demissionário e Braz da Silva, o primeiro a assumir-se como candidato, desiste da intenção de ir a votos. "Para outros, este acto eleitoral era uma batalha de vida ou de morte. Não quero outra coisa que não seja servir o Sporting num momento difícil, mas parece que, contra o que se podia julgar, afinal não é preciso", explicou o empresário de 50 anos em conferência de imprensa. Mas como todas as boas histórias esta também tem outra versão. Ou um final alternativo, uma espécie de "Você Decide" televisivo dos anos 90. Algo fez recuar Braz da Silva, que passou do destemido sr. 100 milhões (o valor que prometera investir no clube) a um dos mais rápidos ex-candidatos à presidência, em apenas duas semanas. "Incomodou os poderes instituídos no Sporting, que começavam a ver nele uma ameaça. Tem família e negócios para gerir, por isso achou por bem desistir da candidatura", afirmou ao i fonte da candidatura do empresário. Foi este o principal motivo para abdicar de ir a votos, garantem, pois já tinha "apoios e os investidores garantidos".

AMEAÇA NÃO IDENTIFICADA O recuo de Braz da Silva esteve longe de surpreender os adversários. Fonte próxima da candidatura de Godinho Lopes tem vindo a dizer ao i, desde a semana passada, que o líder da Finertec acabaria por sair de cena. "Não é candidato quem quer, é quem pode." Mais distante de Godinho Lopes, outro interessado nas eleições leoninos ria-se, ontem, perante a decisão de Braz da Silva: "Qual é a novidade? Estava na cara que não tinha condições."

São conhecidas as ligações de Braz da Silva ao PSD, nomeadamente a Miguel Relvas, amigo e administrador da Finertec. O i sabe que, dentro do maior partido da oposição, a candidatura não era vista com bons olhos, devido à proximidade do empresário com o braço-direito de Passos Coelho. Braz da Silva recusou comentar este cenário, focando-se apenas nos entraves que terá encontrado junto das grandes figuras do Sporting. "Deve haver petróleo em Alvalade para as pessoas quererem continuar agarradas ao poder", desabafou o empresário ao i. Sérgio Abrantes Mendes, antigo candidato à presidência, vincou a mesma ideia: "Há um conjunto de senhores que não admitem que apareçam candidaturas fora do seu contexto social e económico. Comportam-se como se o Sporting fosse uma verdadeira monarquia, mas são eles que têm levado o clube à ruína."

Braz da Silva tinha prometido ajudar José Eduardo Bettencourt, mas a demissão do presidente leonino fê-lo avançar. Os barões não gostaram. Em entrevista, José Roquette alertou para o perigo dos "mecenas", enquanto as principais figuras do clube se foram unindo em torno de Godinho Lopes, com o objectivo de criar uma candidatura de consenso que impedisse a vitória de Braz da Silva. Dias da Cunha, Nobre Guedes, Rogério Alves, Carlos Barbosa ou Paulo Pereira Cristóvão são nomes que vão aparecer ao lado do antigo vice-presidente.

Sendo praticamente certo que Godinho Lopes apresentará oficialmente a candidatura na próxima semana, resta saber se nomes como Dias Ferreira ou Zeferino Boal também avançam. Mas, a mês e meio das eleições (26 de Março), o caminho parece aberto para a continuidade. Candidaturas de ruptura, como Bruno de Carvalho, dificilmente roubarão protagonismo a Godinho Lopes.

O único candidato oficial, Bruno de Carvalho, tem reunido com a banca e promete novidades para breve. A equipa com quem vai trabalhar, os apoios e a parte financeira serão divulgados na próxima semana.

 

In ionline.pt


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