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Marinho Peres. "Já quase não conheço os jogadores do Sporting" PDF Versão para impressão Enviar por E-mail
Terça, 01 Março 2011 21:19

110301_marinho_peresDez anos depois, os leões podem voltar a bater no fundo, como aconteceu no tempo do treinador brasileiro

 

- "Marinho, como é que o Sporting vende o Liedson?"

- "Não sei como é que isso pode acontecer. É muito esquisito."

O diálogo repete-se a toda a hora na cidade de São Paulo, onde hoje vive o treinador Marinho Peres, o mesmo que, em 1991, depois de um arranque de campeonato fantástico ao serviço do Sporting, com 11 vitórias consecutivas, acabou a época a passar pela pior série de sempre dos leões: oito jogos seguidos sem um único triunfo. Quase uma década depois, a equipa de Alvalade pode repetir o descalabro no Estádio da Luz, basta empatar ou perder com o Benfica, amanhã, nas meias-finais da Taça da Liga.

"Naquela época, o Sporting estava a sofrer uma renovação, estava a investir nas camadas jovens. Havia novos jogadores, como o Luís Figo, a aparecerem", conta Marinho Peres ao i, recordando que, "como hoje, o Porto e o Benfica estavam mais fortes".

Apanhado de surpresa, depois de uma ida ao shopping e no meio de uma chuvada torrencial "que está a preocupar os paulistas", Marinho Peres não se consegue lembrar de um jogo em particular daquele final de época desastroso e só se recorda que ficou muito "abatido".

Como a pergunta sobre Liedson, a palavra "saudade" repete-se uma dezena de vezes durante a conversa, porque o desejo do brasileiro é "voltar à terrinha", onde também treinou V. Guimarães (86/87; 92/93), Belenenses (87-89; 00/03) e Marítimo (97/98). No seu jeito brincalhão, o treinador, que se sentou no banco leonino entre 1990 e 1992, vai dizendo: "Já quase não conheço os jogadores do Sporting. Se o plantel tivesse mais qualidade, tudo seria certamente diferente. Mas a beleza do futebol está nisso, em imaginarmos que vai acontecer uma coisa e sair-nos outra." Já num tom mais sério, Marinho Peres lamenta a "situação desagradável" que o Sporting vive, recomenda "muita fé" e, com a voz da experiência, aconselha o clube a fazer "uma avaliação dos jogadores", que num momento como este precisam de "mostrar personalidade". "No Brasil, o Liedson já se tornou um ídolo desde que voltou. Ele não estava a fazer falta aí ao Sporting?", repete a questão.

A OUTRA FACE Quando Marinho Peres se sentava no banco dos leões, do outro lado da barricada (da segunda circular, entenda-se) estava Sven-Goran Eriksson a treinar o Benfica pela segunda vez, depois da estreia em 1982, quando somou 15 vitórias às últimas três de 81/82 e estabeleceu a melhor série de sempre das águias: 18 jogos consecutivos a vencer. Ora, se sobre José Couceiro - o director-geral do Sporting que assumiu o cargo de treinador após a saída de Paulo Sérgio - recai o peso de dignificar o emblema leonino na Luz, evitando que este volte a bater no fundo, no banco ao lado há um treinador menos aflito. O Benfica transpira moral e Jorge Jesus só tem de pegar na batuta para pôr a orquestra a tocar. Por uma questão de honra, também quererá vencer e escrever uma página histórica. Como a de Eriksson.

 

In ionline.pt

 


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