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Dérbi. Sporting fechou a Postiga à crise, o Benfica reabriu-a PDF Versão para impressão Enviar por E-mail
Quarta, 02 Março 2011 23:26

110302_benfica_sportingEncarnados na final da Taça da Liga ao vencerem um Sporting capaz de honrar o dérbi - mais um final dramático na Luz

 

Às vezes as equipas chegam a um ponto em que só a história as salva. Não havia dérbi mais desequilibrado do que este e o Sporting, amarrado a uma das maiores crises da sua vida, precisava de se lembrar de um qualquer episódio épico que fosse capaz de o fazer crescer para cima do Benfica, em plena Luz e na ressaca da humilhação de Alvalade. Quem é o treinador que se estreia? José Couceiro, o sobrinho-neto de Fernando Peyroteo, aquele leão que marcou 331 golos em 197 jogos do campeonato. E que tal isto: em 1948, o Sporting jogava na casa do Benfica e precisava de ganhar por três golos para se sagrar campeão. Peyroteo, que veio de uma noite de febre, marcou quatro!


 

O Sporting de hoje vinha de febre alta, ou melhor, vinha de semanas de gripe e de cama, mas entrou na Luz com saúde e jogo bem medicado, a dar iniciativa ao Benfica mas a saber jogar na expectativa, lançando a ideia de que estava menos disponível para errar do que o adversário. E assim foi: para começar, aquele entusiasmo benfiquista que agita as bancadas resultou em quase nada (um cruzamento perigoso de Gaitán) e o Sporting é que fez o 1-0, pela cabeça de Hélder Postiga. Lembra-se do lance de 2005 em que Luisão bateu Ricardo, na mesma baliza? Foi parecido, mas desta vez Roberto é que ficou mal na fotografia (se aquilo é uma saída dos postes...).

O Benfica sentiu o golo, por momentos adoeceu no passe e permitiu ao Sporting crescer para o contra-ataque. E Jorge Jesus, que deve ter a função cardíaca em grande forma, era o homem mais agitado e insatisfeito do mundo. O cenário mudou pouco depois, quando o árbitro Jorge Sousa viu um abraço entre Polga e Javi García, na área, e apitou penálti para os encarnados (para desespero dos leões, que não pararam de protestar). Cardozo falhou (é o que tem feito esta temporada, só que Rui Patrício também fez uma grande defesa) mas corrigiu a mira logo depois, num cabeceamento que deu o empate. O Benfica voltava ao jogo mas já tinha percebido o essencial: tinha de elevar a fasquia porque pela frente estava outra equipa diferente daquela que tinha batido 2-0 com apenas dez jogadores; não lhe chegava voar à custa de uma certa superioridade que Gaitán e Salvio tinham pelas alas.

 

RECUPERADO? O início da segunda parte também confirmava essa ideia de que o Sporting parecia (pelo menos) uma equipa em condições de discutir o resultado. E atenção, estar à altura do dérbi já era uma grande novidade. Tínhamos jogo! Naquela postura de quem continuava a desdenhar a posse de bola - numa equipa em crise, é mais fácil jogar sem ela - o Sporting consentiu uma ou outra descida de Fábio Coentrão, na sua cavalgada do costume. Cardozo trabalhou e desperdiçou um bom lance em cima de Polga (jogo difícil do brasileiro, que tinha entrado para o lugar de Carriço, lesionado) e logo depois, Postiga, a cara ofensiva deste Sporting, atirou por cima da baliza de Roberto. Ou seja, tudo em indefinido, à entrada da última meia hora, numa altura em que a questão física podia ser decisiva. Se calhar o dérbi também era uma questão de pernas e por aí o Benfica parecia mais desgastado - nesta altura, onde andavam Saviola, Salvio, Coentrão e Gaitán?

O banco mudou tudo. Não por acaso, Couceiro mandou entrar Valdés para jogar em cima de Coentrão. Depois vieram Aimar e Jara. Sangue fresco. Uma fífia de Patrício quase deu golo a Cardozo, mas depois foi o Sporting a criar perigo do outro lado, por Valdés e André Santos. O jogo parecia um elástico, esticado para um lado e para o outro (Aimar também estava esticado e lesionou-se dez minutos depois de entrar), Cardozo cabeceou à trave, Coentrão obrigou Patrício a uma boa defesa e Matías respondeu - grande parada de Roberto. Os últimos minutos foram alucinantes, honraram o dérbi, mas o Benfica foi mais forte na derradeira pressão: uma bola aérea confusa deu o 2-1 a Javi, deu a vitória das águias, a final da Taça da Liga e uma série de 18 triunfos consecutivos. Jesus iguala Eriksson.

 

In ionline.pt

 


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