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Obikwelu (ouro) e Naide (prata): uma questão de centímetros PDF Versão para impressão Enviar por E-mail
Segunda, 07 Março 2011 20:19

110307_okikwelu_naideA vitória de Francis nos 60 metros nos Europeus de Pista Coberta é um hino: fixa um novo recorde nacional e é a melhor marca mundial do ano

 

Cinco, quatro, três, dois, um... o Sporting vai ganhar. No atletismo é uma correria sem fim. Rumo às medalhas, pois então. Em Paris, nos Europeus de Pista Coberta, a tarde foi empolgante (nada a ver com Polga nem com o futebol leonino). Primeiro, medalha de prata para Naide Gomes no salto em comprimento. Depois, ouro para Francis Obikwelu nos 60 metros.


Cinco, quatro, três, dois, um... Ouve-se o disparo e os oito atletas partem numa correria desenfreada pelas medalhas. Seis segundos e tal depois, a chegada dos concorrentes. E é nesse pormenor do "tal" que se resolvem as contas. Obikwelu corta a meta ao mesmo tempo que o inglês Dwain Chambers. À dúvida sobre o vencedor segue-se a alegria pelo ouro. Pelo meio, Obikwelu e Chambers abraçam-se efusivamente como se tivessem ganho os dois. No ecrã gigante do estádio aparece Obikwelu em primeiro. É o delírio, naturalmente. E o três em um para o luso-nigeriano.

O corredor do Sporting, de 32 anos, não só se sagrou campeão europeu como ainda fixou um novo recorde nacional (6,53), bem como a melhor marca mundial do ano. Atrás dele, o inglês Dwain Chambers (6,54) e o favorito, Chistophe Lemaitre, a correr em casa (6,58).

Tem a palavra o campeão. "Sou um atleta que não fala de medalhas, não tenho nada a provar a ninguém. Adoro o que faço, este é o meu trabalho. Tento sempre estar em boas condições. Numa final tudo pode acontecer e dei o meu máximo." Ouro, portanto. É a nona medalha de ouro para Portugal em Europeus de Pista Coberta, num percurso iniciado por Fernanda Ribeiro nos 3 mil metros em 1994.

Mais curiosas foram as declarações de João Ganso, treinador do velocista. "Há 15 dias duvidava que o Francis conseguisse alguma medalha. Nos últimos dias tudo mudou e comecei a acreditar que era possível conseguir uma medalha. Depois das meias-finais, as certezas aumentaram."

Ouve-se então o hino nacional. Obikwelu, com a mão no peito, é um homem orgulhoso. Tal como Naide Gomes, medalha de prata no salto em comprimento. O ouro escapou-lhe por um centímetro. No seu primeiro ensaio, Naide salta 6,67 m, a sua melhor marca do ano. Ao quarto salto, a russa Yulia Pidluzhnaya passa para a frente, com um salto de 6,74. A resposta de Naide é implacável: 6,79 e liderança retomada. É aí que aparece outra russa, Darya Klishina, de apenas 20 anos. No quinto salto, 6,80. Líder por um centímetro (o tamanho afinal importa). Naide quer reagir e voltar a estar por cima. Salta 6,75 e é escasso. Depois, nulo. Lá se vai o ouro. A prata já cá canta. Mas o hino que se ouve é o da Rússia, sempre bonito e imperial.

 

In ionline.pt


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