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Sábado, 20 Abril 2024
Sporting surpreende a Europa na Taça Latina ... PDF Versão para impressão Enviar por E-mail
Segunda, 04 Julho 1949 22:06
Foto: Sporting 1948/49 Taça LatinaDepois de vários avanços e recuos, a Taça Latina arrancou em 1949, envolvendo, na sua primeira edição, apenas os campeões portugueses, espanhóis, franceses e italianos. Coube ao Sporting a defesa das cores nacionais. A 26 de Junho, no Estádio Metropolitano, em Madrid, contra o que restara do Torino, perante um público renhidamente hostil, sentimentalmente ao lado dos italianos, envolvendo-se, aqui e acolá, em picardias e escaramuças com a pequena falange de apoio que se deslocou a Espanha, na ânsia de confirmar o que por cá se dizia: que o Sporting talvez fosse a melhor equipa europeia...

 

A vitória, fácil, sobre os transalpinos, mercê de três golos de Peyroteo, mais aqueceu as ilusões. Nessa partida, ao nível dos portugueses apenas se houve Carapellese, que se salvou da morte trágica, no choque com a catedral de Superga, por não se ter deslocado a Lisboa, para a festa de homenagem a Francisco Ferreira, devido a doenças de nervos de que já se queixara no Itália- Portugal, de Génova, depois de literalmente neutralizado por Vírgílio.

Na fina, contra o Barcelona, em Chamartin, mais se adensou, naturalmente, a hostilização ao Sporting, que, para infelicidade sua, mais por mérito do defesa Curta do que por outra coisa, não pôde contar com o super-Peyroteo de outras andanças. Azevedo foi a grande figura “leonina”, de tal modo que Barosa, catalão loiro e meão, que com o seu génio solitário “ofereceu” a Taça Latina ao Barcelona, não quis calar o encómio: “Azevedo tornou possível o equilíbrio de jogo a que o Sporting logrou chegar, mercê da confiança que as suas magníficas defesas lhe deu. Com outro guarda-redes, os portugueses ter-se-iam afundado na primeira meia-hora.” Quiçá...

 

Longe de ser onze sem rival”

 

Mas o futebol é feito dessas magias – tudo poderia ter sido diferente se, a dois minutos do fim, quando os catalães venciam por 2-1, Jesus Correia, que obtivera o golo do empate, aos 26 minutos, não tivesse falhado soberana oportunidade com a baliza escancarada. Com isso, teria anulado a vantagem adquirida com o tento de Basora, aos 60 minutos, levando para prolongamento o desfecho, numa altura em que os campeões de Espanha já denotavam défices de energia...

Na campanha de Madrid, o Sporting contou com Azevedo; Barrosa e Juvenal; Canário, Manuel Marques e Veríssimo; Jesus Correia, Vasques, Peyroteo, Travassos e Albano. E o segundo lugar acabou por ter, à imagem dos tempos que corriam, aspecto de vitória moral, com recepção e lanche de honra na Embaixada de Portugal – e com apoteótica chegada ao Aeroporto da Portela, diante de milhares de adeptos em eufórico alvoroço.

Em Espanha ficaram apenas resquícios de uma “grande equipa, das melhores do continente europeu” como o Sporting foi definido em “A Marca” e de um guarda-redes fabuloso: João Azevedo. Mas, para o jornalista do diário “Madrid”, apesar de condescender ter visto uma “equipa valiosa e perigosa, em Portugal”, o Sporting ficou longe de se revelar “o onze sem rival que os portugueses querem fazer crer”...

Para o “El Mundo Deportivo”, de Barcelona, outro homem saiu de Madrid... vencedor, mesmo sem ter ganho: Cândido de Oliveira. Por ter “formado uma grande equipa, atlética no físico e com excelente preparação técnica, cujas linhas actuam com serenidade e precisão, fornecendo constantemente a impressão de uma “coisa” maciça, bem trabalhada”.

 

In abola


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