Sporting no caminho marítimo para mais uma época de sofrimento Versão para impressão
Domingo, 28 Agosto 2011 23:21

110828_sporting_maritimoPatrício não chega para tudo. Defesa é a mesma do ano passado e continua a comprometer. Derrota com o Marítimo (2-3). E o atraso é cada vez maior

 

O golo dá pontos. Faz sorrir os treinadores, deixa os adeptos eufóricos. O golo é a alma, a essência do futebol. E é isso que tem faltado ao Sporting. À procura da alma, dos golos, Domingos Paciência insistiu numa fórmula que inclui Yannick e Postiga, mesmo que os adeptos teimem em assobiá-los. Juntou-lhes Capel, o novo amor das bancadas de Alvalade, além de Izmailov, Schaars e André Santos. E a defesa do ano passado.



Dominador e pressionante, o Sporting apresentou-se em Alvalade como se exigia. Mas o jogo leonino não saía fluído, faltava a ligação final, o toque que deixaria um jogador à beira do golo. Faltava o que Olberdam quase conseguiu, aos 17 minutos, quando cabeceou para uma defesa do outro mundo (e deste) de Rui Patrício. Depois foi Robson, a tentar fazer o mesmo, mas o guarda-redes não deixou.

Patrício, que se estreara no Sporting em 2006, num jogo com o Marítimo, não fugia à tarefa. Mas os colegas do ataque tardavam em fazer a sua parte. No banco, Domingos só esperou 20 minutos até mandar Jeffrén, Bojinov e Rinaudo para o aquecimento. Logo a seguir houve livre para Schaars, com o holandês a pôr a bola onde se pedia. Peçanha não segurou e Evaldo apareceu para marcar. O lateral estava em jogo, mas o golo foi anulado à mesma.

O Sporting voltava a queixar-se da arbitragem. Pedro Proença até tinha estado contra o boicote dos seus colegas ao jogo com o Beira-Mar. Na bancada havia uma tarja - "saudamos o anti-sistema" -, a piscar o olho ao juiz de Lisboa. Mas depois disto só houve assobios, claro.

Não sobrava alternativa senão ir à procura de mais um golo. Capel, o grande motor leonino no jogo com o Nordsjaelland, andava apagado. Não havia grandes sprints, fintas múltiplas sobre adversários. O espanhol estava menos activo, menos influente. E isso abria espaço para outros brilharem. Izmailov aproveitou. Aos 38 minutos, recebeu a bola de Yannick, tirou dois defesas do caminho e rematou para o golo. Os adeptos viam coisa rara nos últimos tempos, um golo na primeira parte. E Izmailov repetia a dose do jogo com o Olhanense. Era ele, para já, o único marcador de golos do Sporting.

O Marítimo só criava perigo de bola parada. Ora Olberdam, ora Robson, Patrício ia rejeitando os remates de ambos. Só que depois apareceu um terceiro nome, Rafael Miranda, e o internacional português já não foi capaz de impedir o golo. Os insulares empatavam em Alvalade. Ao fim de tanta tentativa, não era surpresa. Mas o que ninguém esperava era o remate de Sami, três minutos depois, que seguiu rasteiro para as redes de Patrício. Agora, sim, era o escândalo: reviravolta completa.

Domingos mexeu finalmente. Entraram Bojinov e Jeffrén. E o Sporting agarrava-se ao coração, para (não) variar, na esperança de chegar ao golo. E chegou mesmo, com uma ajuda extra da barreira, num livre de Jeffrén. O espanhol nem festejou - saiu de imediato com uma lesão muscular.

A jogar com dez, o Sporting ainda queria ir à procura da vitória. Mas Baba, que está de saída do Marítimo, ainda fez uma maldade. E Alvalade acabou a noite a cantar "uma vergonha".

 

In ionline.pt

 


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