Cem jogos depois, como será o leão sem Moutinho e Veloso? Versão para impressão
Quinta, 25 Março 2010 11:35

100325_veloso_moutinhoCarvalhal tem mais um caso entre mãos que Paulo Bento não viveu em quatro anos: escolher uma equipa sem as referências do meio-campo

 

Consegue imaginar o mundo sem Windows Vista (agora já vai no Windows 7), iPhone, iPod com 80 gigas ou PlayStation 3? Então também não é fácil pensar numa equipa do Sporting a entrar em campo sem Miguel Veloso e João Moutinho ao mesmo tempo. Até porque, desde que o esquerdino se assumiu como indiscutível no onze - em Dezembro de 2006 -, isso nunca aconteceu. E, com o mundo em constante evolução tecnológica, a única coisa que mudou nos dois jovens formados na Academia foi a forma de ocupar o tempo nos estágios: Veloso passou a poder jogar o "Pro Evolution Soccer" (PES) na PlayStation 3 ao mesmo tempo que procurava nomes para o filho do amigo e compadre, Yannick Djaló, num portátil mais evoluído, ao passo que Moutinho já pôde ouvir U2 num iPod melhor, enquanto procurava as últimas informações num computador mais avançado.

Cem jogos do campeonato depois, Carlos Carvalhal tem a difícil tarefa de escolher um meio-campo sem duas das referências da equipa (estão ambos castigados, após cumprirem uma série de cinco cartões amarelos na prova). Mais: o encontro na Madeira será fundamental para perceber que Sporting haverá até ao final da temporada, agora que ficou reduzido em termos de objectivos à manutenção do quarto lugar da Liga. Por isso o regresso à ilha - foi despedido do Marítimo um mês e meio antes de assumir o comando dos lisboetas - será mais um teste de fogo. Goste-se ou não da expressão...

E quem ganha com isto? André Villas-Boas, treinador da Académica e futuro técnico leonino: por um lado, poderá ver a equipa que herdará sem os patrões do meio-campo, o que deverá passar a ser uma realidade efectiva a partir do próximo Verão (Miguel Veloso tem mercado nas principais ligas europeias, ao passo que Moutinho, sem tantos pretendentes, tem suscitado interesse em Inglaterra e na Rússia); depois, vai observar jogadores com menos oportunidades na presente temporada, casos de Adrien Silva, Pereirinha, Vukcevic ou Matías Fernández; ah, e já agora, pode fazer um dois em um em termos desportivos: em caso de vitória da formação verde-e-branca e triunfo dos estudantes em Guimarães, apanha o Marítimo na 11.a posição e dá uma maior vantagem aos lisboetas em relação aos vimaranenses na luta pelo quarto lugar.

BASTIÕES

O caso de Moutinho e Veloso pode fazer lembrar as palavras de Nalitzis, o avançado grego que esteve emprestado pela Udinese ao Sporting nos primeiros seis meses de 2002 e afirmou que ele e Jardel tinham feito uma grande dupla com 56 golos (o brasileiro marcara 55, a que se juntou um de Nalitzis). Neste caso, o jovem capitão faria de Super Mário mas a décalage entre partidas que cada um falhou não é assim tão grande: Miguel Veloso não jogou 15 jogos, João Moutinho só esteve ausente em três ocasiões (sempre por razões disciplinares).

Existe ainda mais uma curiosidade na ausência do número 28: com a provável recuperação de Daniel Carriço e o regresso de Tonel, Polga, o subcapitão, deve perder a titularidade. Quem fica com a braçadeira leonina? Uma estreia: Tonel.

 

In ionline.pt


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