Zapater: «promessa de dedicação total» |
Quarta, 04 Agosto 2010 20:14 | |||
Zapater em silêncio por ordem de Costinha É que hoje, pelas 14h00, no auditório do Estádio José Alvalade, Alberto Zapater vai ser apresentado oficialmente como reforço leonino, pelo presidente José Eduardo Bettencourt e o director para o futebol, Costinha. A véspera do encontro dos leões com os dinamarqueses do Nordsjaelland corresponderá igualmente ao primeiro dia de trabalho do ex-Génova com o grupo de trabalho comandado por Paulo Sérgio, que agendou treino para as 18h00, na Academia, em Alcochete. Ontem, durante a tarde, Zapater aproveitou para descansar na unidade hoteleira, perto de Alvalade, onde se encontra hospedado, tal como o agente FIFA Ginés Carvajal. Foi na companhia deste que Zapater fez de turista, passeando um pouco pela capital portuguesa, sobre a qual já está documentado. Promessa de dedicação total Sem autorização para prestar declarações à Comunicação Social, Alberto Zapater concedeu uma entrevista ao jornal Sporting, que foi ontem para as bancas, mostrando-se confiante no sucesso com o leão ao peito. Prometendo "dar tudo pelo clube", o médio deixou elogios à forma como foi tratado pelos responsáveis leoninos no processo negocial, em particular o director para o futebol, Costinha, definindo-se como "um trabalhador" que, sustenta, "aspira a ganhar sempre". A luta por um lugar no miolo, em que Pedro Mendes e Maniche são figuras de proa, não assusta Zapater, que fez questão de enaltecer a "experiência" da dupla. "São jogadores que conheço bem, são experientes, conquistaram títulos e são conhecidos mundialmente. Vou aprender com eles e ajudar", disse. Uma vida entre muitos campeões Não é à toa que Alberto Zapater faz parte do lote de grandes esperanças do futebol espanhol. O médio está habituado a conviver com grandes campeões, no clube e nas selecções. Em Saragoça, foi companheiro de dois elementos fundamentais no título mundial conquistado pela Espanha na África do Sul, Piquê e David Villa, e no Mundial de sub-20 alinhava ao lado de outros heróis mundialistas do país vizinho: Fernando Llorente, David Silva, Cesc Fàbregas e Raul Albiol. Isto, claro, para além de alguns jogadores bem conhecidos do futebol português: no clube que o formou para o futebol, partilhou o balneário com Pablo Aimar, hoje jogador do Benfica, e conviveu, durante uma temporada, com Fábio Coentrão, que representou o Saragoça por empréstimo dos encarnados. Nos escalões de formação das selecções espanholas foi também colega do guarda-redes Roberto. Um caminho cheio de histórias Estreia por telefone A chamada à equipa principal foi a realização de um sonho e chegou como uma surpresa: "Já tinha feito dois treinos e esperei todo o Verão para me dizerem qualquer coisa. Na véspera da partida da equipa para o estágio ligaram-me amigos para me dar os parabéns porque tinham visto na televisão que eu ia com eles. Às 23h ligaram-me do clube para me perguntar onde estava porque na manhã seguinte ia de viagem com eles." Pé esquerdo à força em Saragoça A ida de Alberto para Saragoça produziu diversas mudanças na vida do jovem atleta. Aos 12 anos, para jogar no clube local, passou a morar em casa dos tios. Foi nesse período que nasceu a necessidade de suprir uma das lacunas no seu jogo: o pé esquerdo. Foi à força, mas um remédio santo. "Quando jogava com a direita obrigavam-me a fazer abdominais", conta Zapater. "Te quiero" com lágrimas Os dois maiores desgostos da sua vida desportiva estão ligados a Saragoça: a descida à segunda divisão foi um golpe profundo e o desaire financeiro consequente levou à sua venda ao Génova. No momento da partida, não conteve as lágrimas, e a "afición" nunca esqueceu um ídolo: no último jogo, os adeptos despediram-se dele com cânticos "Zapater, te quiero". Momentos 2004 Rival Em Agosto de 2004, Zapater defrontou o Sporting no torneio Teresa Herrera. Levou a melhor (2-0) sobre Liedson, Saleiro, Polga e companhia. 2009 Dica A sua chegada a Génova foi incentivada por um dos melhores avançados da actualidade: Diego Milito, seu companheiro em Saragoça, aconselhou-o. 1ºBrilho A estreia pelo Génova não podia ter sido mais auspiciosa: uma assistência, um golo de livre directo e o início da jogada do terceiro golo, com o Slávia de Praga.
In www.ojogo.pt
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