Pedro Mendes: Pedro, o Grande, arrumou a casa toda |
Sexta, 03 Dezembro 2010 11:24 | |||
Os resultados obtidos pelo Sporting desde que Pedro Mendes voltou a estar à disposição de Paulo Sérgio explicam, por si, a falta que o médio fez à equipa verde e branca durante os primeiros quatro meses da temporada. Com o seu regresso, os leões ganharam consistência na zona intermédia e um elemento que exerce a sua influência bem para além da sua zona de acção física. Agora, finalmente, o treinador tem à sua disposição um elemento que, desde o início, considerou fundamental para a construção da estrutura do seu Sporting e, com a companhia de Maniche, uma das principais contratações do defeso, e de André Santos, que, entretanto, se constituiu como a verdadeira revelação da temporada, surge a possibilidade de montar um meio-campo de enorme capacidade, quer no plano físico, quer na vertente táctica.
Campeão europeu de clubes, pelo FC Porto, em 2003/04, sob o comando de José Mourinho, Pedro Mendes construiu o resto da sua carreira nas ilhas britânicas, ao serviço de clubes como o Tottenham, o Portsmouth ou o Glasgow Rangers e, apesar de não atrair grande atenção mediática, foi um jogador de influência extrema por onde passou, amealhando doses de experiência que o tornam essencial a um Sporting em construção. Mas, mais que as características psicológicas, o médio concede aos leões uma capacidade futebolística rara, sendo um centrocampista que alia uma imensa cultura táctica e um preciso sentido de posicionamento a uma notável conjugação entre a capacidade de passe e a noção do controlo do ritmo de jogo. Com ele na posição seis, o(s) restante(s) médio(s) podem actuar com maior tranquilidade, sabendo que as suas costas estão vigiadas em permanência e que dele podem sempre esperar um apoio próximo ou uma linha de passe salvadora.
A carreira internacional discreta, mas de enorme solidez, culmina com o ingresso em Alvalade, na mira de títulos, muito como sucedeu, há 10 anos, com... Paulo Bento.
|
< Anterior | Seguinte > |
---|