Balakov: «Sporting tem os melhores adeptos» |
Quinta, 21 Fevereiro 2008 23:00 | |||
ANTIGO JOGADOR DOS LEÕES É TREINADOR NA SUÍÇA
RECORD – Do conhecimento que tem do Basileia no campeonato suíço, primeiro como treinador do Grasshoppers e agora do St. Gallen, considera que o Sporting encontrará mais ou menos dificuldades do que na 1.ª mão? BALAKOV – O Sporting traz uma boa vantagem, com 2 golos, e isso pode ser muito importante para a 2.ª mão. Se a equipa tiver a mesma atitude que teve em Lisboa, não haverá surpresas. De qualquer modo, o Basileia vai, com certeza, ser muito mais forte do que na 1.ª mão.
R – Que ambiente poderá esperar-se para o jogo de hoje à noite? B – O Basileia tem um bonito estádio, que vai receber jogos do Campeonato da Europa. É de esperar um ambiente muito bom, típico dos jogos das competições europeias. Nesse aspecto, vai ser uma festa do futebol. Acredito que o Basileia tentará fazer pressão, mas não que o faça de forma desenfreada, do primeiro ao último minuto. Terá de jogar bem tacticamente e ir à procura de um golo o mais cedo possível, mas sem perder a cabeça. No princípio do jogo a pressão poderá ser maior, mas eles têm de ser racionais. Se sofrerem um golo, pode ser o fim…
R – Tenciona estar no St. Jakob Park para rever ao vivo o seu antigo clube e poder conversar com as pessoas do Sporting? B –Vou estar no estádio em Basileia, sim. Mas não sei se vou encontrar-me com alguém, porque possivelmente vamos estar em zonas diferentes da bancada. Se encontrar, agradecerei às pessoas e ao clube.
R – Em 1992/93, participou no último confronto europeu do Sporting com equipas suíças, na Taça UEFA. De má memória, por sinal… B – Sim… Jogámos com o Grasshoppers e ganhámos 2-1 na Suíça, com um golo meu, mas depois perdemos em casa por 1-3. Naquela altura, tínhamos boa equipa e bom futebol, mas isso nem sempre é suficiente. Por isso, com o Basileia, o Sporting tem de entrar com a mesma atitude que demonstrou na primeira partida. Caso contrário, se tiver um dia mau, vai ter problemas.
R – Sente saudades de Alvalade? Continua a seguir a equipa? B – Tenho uma ligação muito forte ao Sporting e a Portugal. Tenho lá muitos amigos. Hoje em dia, como treinador, não posso ir quando quero, mas sempre que posso vou até lá. Portugal é um país maravilhoso.
R – Gostaria de voltar a Portugal agora como treinador? B – Não sei… Vamos ver. O caminho de um treinador depende de muitos factores. Mas se houver uma oportunidade e for algo bom para o clube e para mim, é evidente que seria interessante.
R – Acredita que pode ir tão longe como treinador como foi como jogador? B –Tenho de fazer as coisas bem feitas, nada mais.
R – Com quem é que costuma manter contacto dos tempos do Sporting? B – Converso com o Carlos Xavier, o Litos… Tenho muitas amizades em Portugal.
R – E dos adeptos, que imagem guarda? B – Os adeptos são a melhor massa associativa que há em Portugal. Apoiavam sempre a equipa, mesmo quando as coisas não corriam pelo melhor.
R – Que opinião tem do actual plantel? B – Não sou a pessoa indicada para falar sobre isso. Esse é o trabalho do treinador e é um trabalho muito difícil. O que posso dizer é que tem jogadores jovens e mostra que é uma boa equipa. Às vezes falta muito pouco para se conseguir uma coisa grande e não se consegue nada; a distância entre o sucesso e o insucesso é muito pequena. Mas isso é que faz o futebol interessante e dinâmico.
R – Há quem encontre semelhanças consigo em Vukcevic ou Izmailov. O que pensa disso? B – O Vukcevic é um jogador de 22 anos. É bom mas é muito importante lembrar que tem o futuro todo à frente dele. Cada um tem o seu estilo e a sua maneira de jogar, que não são comparáveis.
In record.pt
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