SAD: Criadas condições para os investidores Versão para impressão
Sexta, 23 Março 2012 15:51

110724_godinho_lopesA incorporação da empresa Sporting Património e Marketing (SPM) na Sporting SAD, pese a controvérsia que consigo está a arrastar no seio da família leonina, obedece a um único e forte objetivo: atrair o investimento exterior, com Dubai e Angola a representarem os principais focos de onde podem sair os interessados em aplicar capital na empresa responsável pelo futebol leonino, assim o espera o atual Conselho de Administração.

Com esta fusão, verifica-se um aumento de capital avultado na sociedade anónima do emblema verde e branco, passando o presente capital social de 39 000 000 euros para 95 769 451, representando-se esta cifra com o valor nominal de um euro.

Godinho Lopes e a sua equipa pretendem deste modo dar outro corpo à SAD e torná-la mais apetecível ao investimento do exterior. Porém, a matéria subjacente a esta operação causou divergência desde a primeira hora, com várias vozes a porem em causa a sua licitude. Um dos pontos mais sensíveis prende-se com os direitos de exploração e de superfície do Estádio José Alvalade, atribuídos à SPM, agora parte integrante da SAD. Porém, o recinto em si era e continuará a ser património do clube. Ainda assim, há quem entenda que esta matéria deveria ser subordinada à consideração dos associados, só que a decisão não carece da convocação de uma assembleia geral extraordinária, tal como O JOGO escreveu na sua edição de ontem.

É público que a equipa dirigente liderada por Luís Godinho Lopes está apostada em atrair capital estrangeiro para incrementar o investimento no futebol, que já na preparação para esta temporada se revelou avultado (cerca de 40 milhões de euros), com o retorno relativamente ao mesmo a não se vislumbrar no horizonte, pois a participação na Champions já é uma miragem. "Limpar" e sobredotar a sociedade anónima era uma prioridade.

 

AG deu aval a Godinho

 

Antes de proceder à fusão, o presidente Godinho Lopes informou-se junto da Mesa de Assembleia Geral (AG), de modo a saber qual a necessidade de recorrer a uma reunião magna para decidir a operação. O órgão liderado pelo cirurgião Eduardo Barroso esclareceu que tal não era necessário à luz dos estatutos. Porém, a contestação que entretanto surgiu - o candidato derrotado às últimas eleições Bruno de Carvalho foi dos mais críticos - poderá forçar à convocatória de uma assembleia caso a Mesa entenda que tal é do interesse do clube. Outra hipótese passaria por uma AG extraordinária, caso um grupo de sócios efetivos reúna um mínimo de mil votos, cobrindo as despesas inerentes à realização do referido encontro, o que ainda não sucedeu.

 

Fusão aumenta capital em 250%

 

A SAD leonina comunicou ontem, à Comissão do Mercado de de Valores Mobiliários (CMVM), a incorporação da Sporting Património e Marketing naquela sociedade cotada em bolsa. O projeto de fusão foi ontem registado na Conservatória do Registo Comercial de Lisboa, acompanhado pelos respetivos anexos, nomeadamente o relatório e parecer do revisor oficial de contas independente.

A SAD comunicou, em consequência da fusão, um aumento de capital na ordem dos 250%: de 39 milhões de euros, a empresa que gere o futebol do Sporting e incorpora a Património e Marketing (com os direito de superfície do Estádio José Alvalade) vê o capital social acrescido de 56 769 451 euros, ficando agora fixado em 95 769 451 euros. Mais é adiantado que o projeto de fusão será submetido a deliberação dos acionistas nas assembleias gerais das sociedades.

 

In ojogo.pt


Ítems Relacionados: